6 mil pessoas foram detidas em uma ação do governo contra os acusados de tentarem um golpe militar na Turquia, afirma o ministro da Justiça do país. Em entrevista televisionada, Bekir Bozdag disse ainda que "a (operação de) limpeza continua".
No sábado, o governo turco também havia anunciado as prisões de dois generais, do Segundo e Terceiro Exércitos, pela participação na tentativa de golpe.
Bozdag afirmou também que está confiante de que o clérigo islâmico Fethullah Gulen seja enviado dos Estados Unidos de volta para a Turquia. O presidente turco responsabilizou Gulen e seus seguidores pelo fracassado golpe militar na sexta-feira (15), mas Gulen negou qualquer envolvimento ou conhecimento sobre a tentativa de golpe. Os EUA dizem que vão levar em conta qualquer evidência Turquia apresentar contra Gulen, e julgar de acordo com essas evidências.
Bozdag diz que "os Estados Unidos podem se enfraquecer o protegendo, isso poderia prejudicar a reputação do país. Eu não acho que neste momento, os Estados Unidos protegeriam alguém que realizou este ato contra a Turquia".
Orações foram feitas simultaneamente em 85.000 mesquitas da Turquia ao meio-dia (horário local) para reunir o país para defender sua democracia e honrar os mortos durante a tentativa de golpe. Na sexta, foram feitos apelos contínuos para que a população se movimentasse contra o golpe.
O golpe fracassado, que teve caças sobrevoando instalações-chave do governo e tanques circulando nas principais cidades da Turquia na noite de sexta, terminou horas mais tarde, quando as forças leais ao governo, incluindo militares e a polícia, recuperaram o controle e civis tomaram as ruas em apoio ao presidente Recep Tayyip Erdogan.
Pelo menos 265 pessoas foram mortas e mais de 1.400 ficaram feridas. Autoridades do governo dizem que pelo menos 104 conspiradores foram mortos.
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