Cuiabá, 02 de Outubro de 2024
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02 de Outubro de 2024

OPINIÃO Sábado, 24 de Fevereiro de 2024, 09:45 - A | A

Sábado, 24 de Fevereiro de 2024, 09h:45 - A | A

BRUNA BERTHOLDO

Entrelaçando destinos

“Não importa o que aconteça, você sempre terá a si mesmo”.

BRUNA BERTHOLDO

Apesar de Tiffany, interpretada por Jennifer Lawrence, afirmar essa frase a Pat (Bradley Cooper), com quem vive um romance no filme “O Lado Bom da Vida”. Ela no fundo é refém dos ciúmes que sente da ex-eposa dele. 

Ao passo que, Pat, como um “cachorro que corre atrás do rabo”, tenta reconquistar a todo custo a ex-cônjuge, mesmo ela tendo “pulado a cerca” e contra a vontade dela. 

Ainda que esse enredo, que mais parece de novela mexicana, tenha sido lançado em 2012, continua atual. 

Mas há alguns motivos. 

Segundo Bert Hellinger, desenvolvedor da constelação familiar, esses comportamentos da Tiffany de não confiar no outro e de querer salvá-lo para não olhar para si e os de insegurança e necessidade de controle do Pat podem ser feridas originadas do abandono ou da rejeição.

Para Hellinger, uma menina ferida atrai um menino machucado. Ou seja, as características e padrões de comportamento que uma pessoa traz das relações anteriores é semelhante àqueles que ela encontra no parceiro ou parceira. 

Melhor dizendo, se alguém tem uma tendência a ser controlador é mais provável que se esbarre com alguém que gosta de “forçar a barra” ou com quem viveu em um ambiente em que foi reprimido. 

Então, agem daquela maneira como forma de evitar a vulnerabilidade e por medo de serem abandonadas ou rejeitadas novamente.

Essas cicatrizes podem surgir de experiências na infância. Por exemplo, a perda de um dos pais, separações familiares, abandono afetivo, violência verbal ou física, crenças limitantes e outras formas de ruptura no vínculo afetivo. 

Essas dinâmicas familiares estabelecidas deixam uma marca emocional duradoura e, muitas vezes, dificultam uma conexão genuína e íntima como se relacionam tanto consigo mesmas como com os outros. 

Esses dramas têm solução.

Hellinger enfatiza a necessidade de desvendar os fios invisíveis de controle excessivo que ligam os relacionamentos presentes aos sistemas familiares do passado e liberá-los. Também, desenvolver a segurança dentro de si, comprometendo-se com a própria vida, conhecendo das próprias limitações, medos, traumas e tratá-los. 

Um romance pode ser uma comédia romântica. 

E, no final das contas, independentemente do que aconteça, sempre teremos a nós mesmos. 

(*) BRUNA BERTHOLDO é Advogada, Terapeuta Facilitadora em Constelação Sistêmica Familiar Individual e mentora de relação de casal Escreve para HiperNotícias às quintas-feirasInstagram e facebook: brunabertholdocfE-mail: [email protected]

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