A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, em investigações coordenadas pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), deflagrou na manhã desta quinta-feira (29), a operação “Captare”, para desmantelar uma organização criminosa que foi responsável pela movimentação de 2 toneladas de maconha nas rodovias dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, em 4 meses.
Um efetivo de mais de 150 policiais cumpre 52 ordens judiciais nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande (Mato Grosso), Campo Grande, Dourados e Coxim (Mato Grosso do Sul). São 28 mandados de prisão preventiva, 22 mandados de busca e apreensão domiciliar e 2 mandados de apreensão de veículos. A operação cumpriu até o momento 26 cumpridos de prisão, incluindo as três prisões em Mato Grosso do Sul, além de maconha, pasta base, balanca, dois veículos e dinheiro.
Quatro dos alvos terão os mandados cumpridos em unidades prisionais de Mato Grosso (2 no Centro de Ressocialização de Cuiabá, 1 na Penitenciária Central do Estado e 1 mulher na Ana Maria do Coutro May). Em Mato Grosso do Sul são três mandados de prisão, sendo um em cada cidade, Campo Grande, Dourado e Coxim.
As investigações iniciadas há 4 meses tiveram como ponto de partida a necessidade da intensificação e desmantelamento de grupos responsáveis pelo transporte de grandes quantidades de drogas, que abastecem bocas de fumo do tráfico doméstico da Grande Cuiabá.
No trabalho de investigação, desenvolvido pelos núcleos operacional e de inteligência da unidade policial, foram empregadas ações de inteligência e levantamentos de campo, para identificar, primordialmente, o envolvimento entre traficantes e associados para o tráfico, responsáveis pelo transporte de grandes quantidades de drogas destinadas ao abastecimento de traficantes na capital mato-grossense.
“Com o aprofundamento nas investigações foi possível identificar grupos criminosos que interligados se associavam para o cometimento do crime de tráfico de drogas, utilizando-se de veículos para realização do transporte interestadual de maconha do estado de Mato Grosso do Sul para Mato Grosso”, explicou o delegado Marcelo Miranda Muniz, que coordena a operação.
A droga era adquirida no estado do Mato Grosso do Sul, na forma de consórcio ( rateada entre os investigados), tendo a participação de presos contumazes no tráfico de drogas. Posteriormente, era transportada em veículos automotores que traziam para Cuiabá as grandes quantidades de maconha, utilizando outros veículos como "batedores" ou escolta.
Conforme o delegado titular da DRE, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, a operação desarticulou uma associação criminosa para o tráfico, que agia de forma coordenada e coesa na distribuição de entorpecentes na região metropolitana, através de transportes clandestinos de drogas, imprimindo com isso aumento significativo na criminalidade.
O delegado Marcelo Miranda Muniz informou que mais uma vez foi identificada como uma das características da associação criminosa o "consórcio", montado com o objetivo de dividir os custos com a compra da droga e a logística do transporte.
“A dificuldade e complexidade na investigação se deu pela identificação de ‘modus operandi’ poucos usuais, dentre os quais a utilização de uma quantidade elevada de pessoas para a realização do transporte interestadual da droga”, disse.
A operação Captare conta com apoio de Delegacias da Diretoria de Atividades Especiais, Diretoria Metropolitana, e Polícia Civil do Estado do Mato Grosso do Sul, através da DNAR de Campo Grande, SIG de Dourados e Delegacia de Polícia de Coxim.
Ao longo de 4 meses de investigação foram apreendidos 2,5 toneladas de maconha e seis veículos.
Nome da operação
Captare é o nome de uma casta de anjo presente na obra literária de ficção Ignavos, escrita por um investigador de polícia desta Especializada. Os Captares, ou rastreadores, como também são conhecidos, são tidos como uma espécie de “serviço secreto”, encarregados de caçar e procurar inimigos, aqui, fazendo uma alusão aos traficantes (inimigos da Lei).
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