O governador eleito Mauro Mendes (DEM) calcula que os cortes de nove secretarias e três mil cargos comissionados anunciados ontem devem gerar ao Estado uma economia mensal de R$ 150 milhões por ano aos cofres públicos estaduais somente na folha salarial. “Isso sem contar com a economia com os gastos de custeio (luz, água, combustível, telefone, papel, internet)”, disse em entrevista à rádio Capital FM.
Este valor, segundo ele, ajudaria a reduzir o déficit do Estado. Mendes conta que até o momento foi identificado que o Governo deixa de pagar por mês cerca de R$ 100 milhões, o que significa R$ 1,2 bilhão por ano. “O buraco é tão grande que só cortando não vai adiantar. Teremos que trabalhar muito para cortar mais despesas”, ponderou o democrata em entrevista a Rádio Capital na manhã desta terça-feira (13).
De acordo com Mauro, o valor ainda é considerado pequeno, diante das dívidas e a situação econômica em que o estado se encontra, bem pior do que ele imaginava na campanha eleitoral.
“A cada dia que passa que a gente aprofunda um pouquinho mais a gente encontra lamentavelmente surpresas negativas. Lamentavelmente nós falávamos na campanha que o Estado de Mato Grosso estava quebrado, estava atolado em dívidas, estava com muita dificuldade. Isso foi dito, eu falei isso durante toda a campanha e a cada dia que passa a gente descobre isso, confirma isso, encontra surpresas negativas”.
Para Mendes, a medida é apenas o começo para reduzir as despesas com a máquina pública. Por isso, anuncia que ainda deve mexer em autarquias e empresas que atuam dentro do Estado. “Estamos estudando se iremos cortar empresas e algumas autarquias. São cerca de 20 empresas e autarquias, estamos estudando para essa medida não ter impacto”, assegura.
Ele explica que as medidas já reveladas foram pautadas por meio de poucas informações obtidas. Isso porque, segundo ele, existe uma dificuldade de contribuição para o levantamento por parte de algumas secretarias neste período de transição.
Mauro adiantou que outros cortes deverão ser feitos com o objetivo de diminuir o rombo nas contas publicas do Estado. Não está descarta a extinção de empresas públicas e autarquias. Mato Grosso tem cerca de 20 órgãos da administração descentralizada que passarão por análise. Ele citou como exemplo, o Ceasa, que teria um custo mensal de quase R$ 200 mil só com em salários.
"Não vejo o menor sentido para se ter. Um órgão que existe, que não planta um pé de alface, não produz nada, e tem 200 mil reais de mês de salário que gasta lá. É uma despesa desnecessária. Vamos estudar para ver o que pode ser inserido na administração pública e o que pode ser cortado”, explicou.
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