De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Rio Grande do Sul (RS) está operando de forma muito lenta, devido às incertezas sobre a próxima safra, principalmente no Paraná. Atualmente, há vendedores no RS pedindo até R$ 1.400,00 por tonelada (FOB) para trigos de alta qualidade, com PH mínimo de 77, destinado à panificação.
No entanto, os moinhos locais estão dispostos a pagar no máximo R$ 1.380,00 por tonelada. Apesar da lentidão no mercado doméstico, a alta de US$ 12 por tonelada nos preços do trigo argentino nos últimos 30 dias pode ajudar a sustentar os preços internos, já que eleva os valores das exportações brasileiras.
Em Santa Catarina (SC), a situação é semelhante. Sem ofertas locais, os moinhos estão se abastecendo com trigo proveniente do Rio Grande do Sul e do Paraná. Os preços do trigo da safra velha ainda estão sendo negociados entre R$ 1.650 e R$ 1.700 por tonelada, enquanto o trigo da safra nova acompanha os valores praticados nos estados vizinhos, situando-se na faixa de R$ 1.450 por tonelada. Além disso, o impacto das chuvas sobre o trigo pronto para colheita no estado é uma preocupação. Nas principais praças de SC, como Campos Novos e Chapecó, os preços da saca variaram, com aumentos de até 3,03%, refletindo o comportamento do mercado regional.
Já no Paraná (PR), a oferta de trigo local de qualidade é praticamente inexistente. Com isso, os moinhos têm recorrido ao trigo gaúcho e ao importado para manter suas operações. Segundo corretores locais, o trigo da nova safra está sendo oferecido entre R$ 1.530 e R$ 1.550 FOB. No entanto, a situação climática tem prejudicado as plantações no estado, com geadas atingindo áreas de Campos Gerais, o que afetou severamente a qualidade da safra. Mesmo com essas adversidades, moinhos do Paraná seguem comprando trigo gaúcho a R$ 1.400 por tonelada, acrescido de ICMS e frete, em busca de manter o abastecimento.
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