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26 de Julho de 2024

CIDADES Quinta-feira, 27 de Junho de 2024, 14:19 - A | A

Quinta-feira, 27 de Junho de 2024, 14h:19 - A | A

Operação Ragnatela

Ex-servidor da Câmara acusado de lavar dinheiro de facção é solto pelo TJ

Em sua decisão, o magistrado pontuou que como o acusado não tem antecedentes criminais e sua prisão em regime semiaberto não atrapalha o andamento do processo e investigação

Da Redação

O ex-servidor da Câmara de Cuiabá e promotor de eventos Rodrigo de Souza Leal, conseguiu na Justiça o direito de responder pelos crimes em regime semiaberto com uso de tornozeleira eletrônica. Ele havia sido preso preventivamente em 5 de junho no âmbito da Operação Ragnatela e foi colocado em liberdade no último dia 21, graças a decisão do desembargador Luiz Ferreira da Silva, da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.

Além do uso de tornozeleira, ele terá que cumprir outras cautelares como proibição de se ausentar da comarca de Cuiabá e comparecimento em juízo sempre que for necessário.

Em sua decisão, o magistrado pontuou que como o acusado não tem antecedentes criminais e sua prisão em regime semiaberto não atrapalha o andamento do processo e investigação.

“No entanto, não se pode deixar de ter em mente a gravidade concreta da conduta, supostamente, praticada pelo paciente, levando em consideração que, em tese, era um dos responsáveis, juntamente com a corré Kamilla Beretta Bertoni, pela divisão e repasse dos lucros obtidos com a realização de shows à facção criminosa “Comando Vermelho”. Logo, para conciliar a liberdade individual do paciente – cuja restrição se sujeita a ultima ratio – de um lado; e a ordem pública, de outro lado, é impositiva a adoção de algumas das medidas cautelares descritas no art. 319 do Código de Processo Penal, mediante, a aceitação do cumprimento de tais condições, por parte dele”, argumenta o magistrado em sua decisão.

Rodrigo é acusado de ser o operador de todo o esquema, sendo o responsável por viabilizar todos os eventos realizados para a lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de uma facção criminosa.

A OPERAÇÃO
A Operação Ragnatela foi deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (Ficco-MT) no último dia 05, e desarticulou uma organização criminosa que se utilizava de casas noturnas para lavar o dinheiro do tráfico.

Segundo a Polícia Federal, as investigações da FICCO apontaram que o grupo criminoso teria adquirido uma casa noturna em Cuiabá, na Avenida Beira Rio, pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie, com o lucro auferido por meio de atividades ilícitas.

 A partir de então, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, como o MC Poze, custeados pela facção criminosa Comando Vermelho, em conjunto com um grupo de promotores de eventos.

As investigações apontaram, ainda, que os integrantes da facção repassaram ordens para que não fossem contratados artistas de São Paulo, tendo em vista ser um estado sob influência de outra facção, rival da que atua em Mato Grosso.

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