O Ministério Público Estadual (MPE) fez aditamento à denúncia oferecida contra os empresários Marcelo e Gaby Cestari, pais da adolescente que atirou e matou a amiga Isabele Guimarães Ramos, e quer que eles respondam por homicídio doloso.
O MPE argumenta que sem as ações e decisões tomadas pelos pais, ao darem acesso irrestrito para seus filhos às armas que estavam sob sua posse dentro da casa no Alphaville, não haveria possibilidade da morte de Isabele.
O aditamento da denúncia foi feito pelo promotor de Justiça, Jaime Romaquelli, que encaminhou o documento para o juízo da 8ª Vara Criminal da Capital.
Inicialmente, em denúncia feita pelo MPE em novembro de 2020, o casal respondia – entre outros crimes – por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O promotor destaque que a denúncia oferecida em novembro do ano passado foi anterior à aplicação da medida socioeducativa de ato infracional de homicídio doloso à filha do casal, de 15 anos, responsável por efetuar o disparo. O fato por si só justifica o aditamento, assegura.
Romaquelli ainda pontua que a adolescente exibia com frequência nas redes sociais vídeos e fotos empunhando armas sem a presença dos seus pais, inclusive apontando-as para quem filmava.
“Os denunciados, portanto, concorreram, de qualquer forma, para o evento delituoso (infracional para a adolescente – criminoso para os denunciados) cometido dolosamente. Não há concorrência culposa para crime doloso, nem o contrário”, afirmou Romaquelli.
Caso o aditamento seja aceito pela Justiça, os pais da adolescente irão a júri popular.
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