A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci) realizou, nesta terça-feira (17.09), aula inaugural e entrega de material didático do curso técnico em Serviços de Apoio a Pessoas com Deficiência no Ambiente Escolar, o primeiro do país.
A aula inaugural e entrega de material contaram com a presença de professores, alunos, autoridades do Governo e instituições parceiras. Ao todo, são ofertadas 600 vagas gratuitas para o curso, que foram distribuídas em Cuiabá, Várzea Grande e Primavera do Leste.
O curso terá duração de cerca de 1 ano. Os alunos receberão capacitação necessária para suporte adequado a pessoas com diferentes tipos de deficiência.
O secretário Allan Kardec afirmou que, atualmente, existem profissionais em apoio a professores em sala de aula, mas ainda falta capacitação credenciada.
“O Governo de Mato Grosso, através da Seciteci e uma emenda da deputada Janaina Riva, estão virando a chave do atendimento especializado dentro das escolas”, disse.
O secretário-adjunto de Educação Profissional e Superior da Seciteci, Dimorvan Brescancim, também ressaltou que o curso busca capacitar profissionais em estratégias de inclusão, sendo uma oportunidade de crescimento para aqueles que já trabalham na área escolar.
Para o presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Mato Grosso (Conede/MT), Otair Rondon, o curso é inédito e vai formar profissionais para trabalharem diretamente com pessoas que realmente precisam de uma atenção especial.
A vice-presidente do Conselho Estadual de Educação e secretária municipal de Educação de Primavera do Leste, Adriana Tomasoni, comentou os resultados já notados na turma iniciada em sua cidade.
“Percebemos uma mudança dentro de sala de aula na condução dos alunos. Esse profissional formado tende a ter uma resposta muito melhor com as crianças. Isso está impactando nas famílias, que agora possuem mais segurança em mandar os seus filhos para um ambiente com alguém tecnicamente mais capacitado”, pontuou.
Para o coordenador pedagógico do projeto, Magnum da Conceição e Silva, devem ser destacados o pioneirismo e o caráter experimental da iniciativa. Ele acredita que, depois da finalização dessas primeiras turmas, a formação poderá ser incluída no catálogo de cursos do Ministério da Educação.
A vice-presidente da Associação Mato-grossense de Amigos do Autista (AMA), Ozenira Félix, afirmou que “não basta ter alguém do lado olhando". "É necessário termos pessoas com condições de criar oportunidades para essas crianças crescerem”, disse.
Edimara Evangelista Correa, uma das alunas do curso, agradeceu a oportunidade decorrente da parceria entre Governo e Assembleia Legislativa. “Um salário-mínimo paga o seu aluguel, paga a luz e paga a água, mas não dá para você pagar estudos. E vocês estão me dando condições de estudar e melhorar de vida”, disse.
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