Cuiabá, 03 de Julho de 2024
Notícia Max
03 de Julho de 2024

ECONOMIA Quarta-feira, 22 de Novembro de 2023, 06:44 - A | A

Quarta-feira, 22 de Novembro de 2023, 06h:44 - A | A

ELEVADAS TAXAS

Fim do parcelamento sem juros “quebraria” micro e pequenas empresas, diz presidente do Sebrae à CNN

Com as elevadas taxas de juros do rotativo — que rondaram 450% ao ano há alguns meses —, bancos passaram a defender a limitação ou mesmo extinção da modalidade

CNN Brasil

O presidente do Sebrae, Décio Lima, afirmou em entrevista à CNN que o fim da modalidade de parcelamento sem juros reduziria o consumo das famílias e “quebraria” micro e pequenas empresas Brasil afora.

Ele indica que estes empreendedores utilizam essa modalidade para manter seus negócios. Destaca que 94% das empresas brasileiras estão nesta categoria e são responsáveis por 55% dos empregos formais.

“Se nós mexermos no parcelamento sem juros, vamos diminuir consumo, impedir que as pessoas tenham qualidade de vida. Vamos quebrar essa base fantástica da economia que são os micro e pequenos empreendedores, provavelmente em escala, com essa queda do consumo”, disse.

Um grupo de 11 entidades, incluindo o Sebrae, lançou nesta terça-feira (21) um movimento em defesa do parcelado sem juros. Com as elevadas taxas de juros do rotativo do cartão de crédito — que rondaram 450% ao ano há alguns meses —, bancos passaram a defender a limitação ou mesmo extinção da modalidade para conter a inadimplência.

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, chegou a sugerir um limite de 12 meses para o parcelamento sem juros.

Décio Lima defende que “não há relação” entre o parcelado sem juro e a inadimplência. Para o presidente do Sebrae, um dos caminhos para corrigir a distorção é a queda das taxas de juros praticadas pelo mercado. Ele pediu um “marco regulatório” pelo BC.

“Não vejo qual a relação entre rotativo e o parcelado sem juros no processo de inadimplência. Este processo de inadimplência, na verdade, existe em razão da voracidade dos juros do rotativo”, defendeu.

Segundo Lima, o parcelamento sem juros é uma instituição dos brasileiros e faz parte de suas vida e cultura. Ele defende que a modalidade permite a inclusão das parcelas mais pobres da população no mercado de consumo.

De acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), essa modalidade é adotada por 90% dos varejistas.

O presidente Lula sancionou em outubro o Desenrola, programa que prevê renegociação de dívidas e visa a solucionar para a questão dos juros do rotativo. O Congresso estipulou prazo de 90 dias para que bancos elaborassem uma autorregulamentação. Após o prazo, caso não haja uma proposta viável, a dívida no cartão não pode ser maior que 100% do bem.

CLIQUE AQUI e faça parte do nosso grupo para receber as últimas do Noticia Max.

0 Comentários