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ESPORTE Sexta-feira, 24 de Novembro de 2023, 08:37 - A | A

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Brasileirão

Briga contra o rebaixamento: o que a queda significaria para cada time

Seis equipes tentam se livrar do rebaixamento, que representaria prejuízo esportivo, histórico e financeiro

O Globo

Restando quatro rodadas para o fim do Brasileirão de 2023, a briga contra o rebaixamento para a Série B mobiliza ao menos seis equipes nesta reta final de campeonato. Segundo a Bola de Cristal do Brasileirão, dois times já estão 100% garantidos na segunda divisão: o América-MG — rebaixado matematicamente — e o Coritiba. Acima deles, Goiás, Bahia, Cruzeiro, Vasco, Santos e Internacional mantêm o alerta ligado, em intensidades diferentes, na busca da pontuação mágica que os livra da queda.

Estas duas vagas restantes mexem com os nervos de todos os clubes e torcedores, e envolvem uma série de questões, que vão desde a parte financeira, em instituições que viraram Sociedades Anônimas (SAFs) recentemente, até o prejuízo histórico que viria com mais um rebaixamento — que seria marcado pelo ineditismo no caso do Santos.

Fugindo do 5º rebaixamento
Para o cruz-maltino, as lembranças ruins vêm da herança deixada pelos últimos momentos do clube associativo: quatro rebaixamentos e cinco Séries B disputadas nos últimos 15 anos. A chegada da 777 Partners, que adquiriu a SAF do clube, prometeu trazer alívio imediato, pela chegada de aportes financeiros e uma gestão técnica.

Porém, até a contratação de Ramón Díaz, treinador que chegou no meio da temporada e vem fazendo o possível para conduzir uma tentativa de recuperação, os erros do primeiro semestre ficaram expostos. Sobretudo, nas contratações que não dão resultado, e no comando técnico de Maurício Barbieri, escolha que se mostrou equivocada.

Dessa forma, a equipe ficou para trás por tempo demais, e frequentou a parte de baixo da tabela em grande parte do campeonato. No momento, ocupa o 15º lugar, com 41 pontos, três acima do Bahia, primeira equipe do Z4. Segundo a Bola de Cristal, suas chances de queda são de 13,70%.

Todo resultado positivo será valioso para que o time se mantenha na elite e acerto os rumos na próxima temporada. Um rebaixamento seria um golpe forte demais no planejamento financeiro, e no orgulho de uma torcida que acreditou no fim das gestões ineficientes, e decepcionantes nas quatro linhas.

Medo após calvário de três anos
Ronaldo Fenômeno adquiriu o Cruzeiro quando o clube estava encerrando sua segunda temporada seguida na Série B. Não foi fácil voltar à elite após o primeiro rebaixamento da história do clube, em 2019. Porém, o terceiro ano, marcado pela campanha de um título soberano, trazia para 2023 uma esperança renovada, o que foi reforçado por um bom começo de Brasileirão.

O problema é que as coisas desandaram na Toca da Raposa ao longo da temporada. Sem um elenco expressivo, os resultados desapareceram e a queda na tabela foi natural, até que o clube se aproximou da zona de rebaixamento nas últimas rodadas. Nesse momento, também tem 41 pontos e ocupa o 16º lugar, primeiro fora do Z4. Foi necessário apelar para Paulo Autuori como treinador.

Além disso, o próprio torcedor não está podendo acompanhar seu time. Em decorrência da briga campal entre torcedores, na derrota para o Coritiba, o time mineiro foi punido preventivamente, sem poder receber público no estádio. A realidade bateu às portas do Cruzeiro, e vai ser preciso tirar forças finais para não disputar a segunda divisão pela quarta vez em cinco anos. As chances de rebaixamento são de 15%, segundo a Bola de Cristal.

A meta de permanecer no grupo dos 'incaíveis'
Apenas três clubes não caíram para a Série B na história: Santos, São Paulo e Flamengo. E o time da Vila Belmiro pretende se manter assim. Porém, as fraturas expostas na gestão refletem em mais uma temporada de baixo poderio financeiro e instabilidade no comando. Atual 14º colocado, com 42 pontos, e 4,90% de chance de queda, a situação já foi bem pior.

Alguns bons resultados deram alguma "gordura" que vem sendo utilizada neste momento. Justo na primeira temporada após a morte do Rei Pelé, maior jogador da história do futebol e ídolo do alvinegro, a ordem principal é a de permanecer entre os melhores clubes do país, uma constante em sua história.

Sufoco, apesar de Grupo City e Ceni
Mais um dos clubes que se tornou SAF, a compra do Bahia pelo grupo City — conglomerado liderado pelo Manchester City (Inglaterra) — trouxe grandes expectativas em torno de um clube que se mostrou competitivo nas últimas temporadas, e teve uma gestão correta. Talvez o grande golpe tenha sido o rebaixamento em 2021, um tanto quanto surpreendente, mas curado pelo acesso no ano passado.

Com os novos donos, porém, o tricolor foi mais um a ter um comando equivocado que comprometeu grande parte da temporada, com o português Renato Paiva. A contratação de Rogério Ceni mostrou a intenção de um plano a longo prazo, mas será necessário ficar na primeira divisão para isso. A situação é dramática: o Bahia abre a zona de rebaixamento (17º colocado), com 38 pontos, e chance de 66,10% de queda.

Goiás e Internacional: extremos da briga
Dentro deste recorte, a situação mais complicada é a do Goiás, 18º colocado, com 35 pontos. Segundo a Bola de Cristal, as chances de queda são altíssimas: 94,80%. Seu elenco está bem abaixo dos outros concorrentes, e a confirmação da vaga na Série B parece questão de tempo. Um clube que tem histórico de cinco acessos — o último em 2021 — deve precisar buscar mais um no próximo ano.

Já para o Inter, as chances de queda são meramente protocolares. Com 3,20% de probabilidade, o colorado ocupa o 13º lugar, com 43 pontos. Em uma temporada que o clube foi semifinalista da Libertadores, só não está totalmente livre porque o foco no Brasileirão esteve abaixo durante boa parte do torneio. Basta apenas mais uma vitória nestas quatro rodadas finais.

 

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