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ESPORTE Terça-feira, 12 de Julho de 2022, 09:54 - A | A

Terça-feira, 12 de Julho de 2022, 09h:54 - A | A

vôlei

Carol, de 1,83m, brilha entre gigantes, lidera bloqueios da Liga das Nações

Em posição onde reinam gigantes de mais de 1,90m, meio de rede tem 52 pontos no fundamento e deixa concorrência para trás

Globo Esporte

O vôlei é esporte de gigantes. Altura costuma ser documento. Espaço para baixinhos? Apenas na posição de líbero. E se o jogador atuar como meio de rede, cada centímetro parece contar ainda mais. Os centrais são os gigantes no meio dos altos. Mas sempre tem quem contrarie a lógica. E o Brasil tem provado isso na Liga das Nações. Com "apenas" 1,83m, Carol é a maior bloqueadora do torneio com larga vantagem para Zehra Gunes, a segunda da lista. A brasileira tem 52 bloqueios contra 43 da turca.

O Brasil estreia contra o Japão nas quartas de final da Liga das Nações nesta quarta, às 9h (horário de Brasília). O sportv2 transmite ao vivo

A distância entre Carol e Gunes parece ainda maior quando se compara a diferença de altura de ambas. Com 1,98m, Gunes tem 15 centímetros a mais do que a brasileira. Aliás, no top cinco de maiores bloqueadoras da competição, Carol é bem mais baixa que todas. Maja Aleksic (40 bloqueios), da Sérvia, tem1,88m, Eline Timmerman (36 bloqueios), da Holanda, tem 1,92m e Marlies Janssens (32 bloqueios), da Bélgica, tem 1,93m.

Para Carol, o segredo para rivalizar com jogadoras tão altas é ter velocidade e o tempo certo de chegar no bloqueio.

- É mais ali invadir e procurar esse tempo certo. Pelo menos, é o que eu vejo. O que eu tento passar para as meninas também. Se eu ler bem o movimento da levantadora, calcular aquele percurso que a bola vai percorrer até a atacante... É tentar calcular esse tempo, dar o seu salto e segurar o máximo possível. Procurar ter mais do que alcance.

A jogadora relembra que nem sempre atuou como meio de rede justamente por causa da altura. Mas que ao perceber que era nessa posição que se sentia feliz, buscou formas de compensar.

- Não pode ver como algo que atrapalhasse, mas sempre como um desafio. Eu joguei de ponteira, joguei de oposta. Mas eu tinha um tempo bom de bloqueio. Então, foi uma função que eu gostei, adaptei muito a fazer. Eu acho que eu sou uma central baixa. Não é a característica padrão, mas eu sempre vi como desafio.

O Brasil inicia nesta quarta-feira a disputa da fase final da Liga das Nações. O time de Zé Roberto encara o Japão pelas quartas de final a partir das 9h (horário de Brasília). E a depender da vontade de Carol, o torcedor pode esperar muitos bloqueios.

 - Se fosse por mim eu queria fazer era 20 pontos de bloqueio por jogo (risos).

Confira abaixo a entrevista completa com a central
Você tem um histórico muito bom de bloqueios na carreira, mas esperava estar tão bem na Liga das Nações?
Claro que eu estou muito feliz, não é? Eu acho que o atleta ele sempre espera buscar excelência naquilo, no fundamento. A gente trabalha uma vida inteira, quase uma carreira inteira, para conseguir ter momentos felizes como esse. Eu estou feliz, mas acho que muito mais feliz do que o destaque individual estou com o nosso time. A gente está indo muito bem, dentro daquilo que a gente propôs a jogar. Juntou um time que é novo, se formando, tentando formar uma característica nova de jogo, tem buscado uma identidade de time. Acho que isso que me deixa mais feliz, não é pelos destaques individuais.

 

Traça alguma meta tipo “nesse campeonato quero fazer x pontos de bloqueio, ou x bloqueios por jogo”?
Se fosse por mim eu queria fazer era 20 pontos de bloqueio por jogo (risos). O fundamento bloqueio é algo assim que eu gosto muito de fazer, né? Tem que ter bastante atenção e depende muito também de quem está fazendo a base também, né? Um time que bloqueia assim bem, você pode ver que as bases também são super bem. Então aí já é meio ponto de bloqueio com as meninas, né?

Você não é uma atleta alta, em uma posição de gigantes a nível mundial. Isso te atrapalha? Teve dificuldade para se firmar como meio de rede?
Não pode ver como algo que atrapalhasse, mas sempre como um desafio. Eu joguei de ponteira, joguei de oposta. Mas eu tinha um tempo bom de bloqueio. Então, foi uma função que eu gostei, adaptei muito a fazer. Eu acho que eu sou uma central baixa. Não é a característica padrão, mas eu sempre vi como desafio.

Você tem um tempo considerado perfeito de bloqueio. Tem algum segredo para isso?
Muitas vezes, a briga que nem é tanto altura, não. É mais ali invadir e procurar esse tempo certo. Pelo menos é o que eu vejo. O que eu tento passar para as meninas também. Se eu ler bem o movimento da levantadora, calcular aquele percurso que a bola vai percorrer até atacante... É tentar calcular esse tempo e dar o seu salto e segurar o máximo possível. Procurar ter mais do que alcance é invasão. E esse tempo aí de bloqueio mesmo.

A gente está com uma geração muito nova de meios de rede. Tem você que é a experiente, mas Diana, Lorena, Júlia, e a própria Mayany são bem novinhas. Elas colam em você para pedir dicas?
Ai é muito bom, não é? Eu falo que esse tempo chegou. Onde eu sou a experiente do grupo, (risos). Mas eu acho maravilhoso. Estou muito feliz de estar aqui com meninas novas e, principalmente, meninas que gostam de trabalhar. Acho que vai do nosso ímpeto também, como atletas mais experientes de auxiliar então algumas chegam e perguntam. Eu fico muito feliz de poder estar aqui e contribuir para o sucesso e a carreira dessas meninas.

A gente já sabia que essas meninas estariam na seleção em algum momento. Mas assim, elas chegaram todas muito novas. O que o que você está achando dessa nova geração?
Para o Brasil é maravilhoso e para elas também é. A gente fica esperando demais, não é Cria muita expectativa, mas o jogo é jogado. Elas precisam estar em quadra, precisam jogar para desenvolver. Vejo que essa geração vem muito assim com essa vontade, sabe? De querer, de treinar, de aprender.

Tem alguma jogadora que é mais difícil de marcar? Tem alguém que você quer muito bloquear e ainda não bloqueou?
Ai, olha, eu não sei, viu? Porque são muitas, muitas jogadoras. Mas com certeza uma que é muito destacaria três que são muito difíceis de marcar. A Thing Zhu, da China, a Egonu, da Itália, porque a mecânica de movimento de ataque dela é muito diferente. A gente só bloqueia quando ela ataca para baixo, mesmo porque, de resto, ela faz o que quer ali, e a Boskovic, da Sérvia, que também pega alto e consegue angular bem.

E falando do teu futuro, tem rolado um zumzumzum nas mídias sociais. O torcedor do Praia precisa ficar preocupado?
Não. Pode ficar tranquilo, né? Eu acho que quem acompanha normalmente as negociações sabe que o Praia renovou com todo o time um mês antes de acabar a Superliga. Então a gente fica até sem saber de onde são as fofocas.

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