A menos de cinco meses do início do Mundial de Clubes, a Fifa ainda não anunciou uma solução oficial para o caso de León e Pachuca, os dois times mexicanos que têm o mesmo proprietário, situação que fere o regulamento da competição. Por isso, a Alajuelense, da Costa Rica, fez esta semana um pedido formal de esclarecimento à Fifa.
Curiosamente, o time costarriquenho não teria, em tese, direito a uma vaga no Mundial, mesmo em caso de exclusão de um dos mexicanos, já que é apenas o 44º colocado no ranking da Concacaf. Se houver uma substituição, o mais provável é que o América do México, segundo colocado no ranking, herde a vaga mexicana.
O León é um dos adversários do Flamengo no Grupo D, que também tem Chelsea e Esperánce de Tunis. O Pachuca está no Grupo H, com Al-Hial, RB Salzburg e Real Madrid.
Líder do ranking da Concacaf, o Columbus Crew não pode disputar o Mundial porque os Estados Unidos atingiram a cota de dois times na competição, com o Seattle Sounders e o Inter Miami - exceções são permitidas apenas em caso de países com mais de dois times campeões continentais nos últimos quatro anos, caso do Brasil, que terá Palmeiras, Flamengo, Fluminense e Botafogo no Mundial, os vencedores da Copa Libertadores desde 2021.
No comunicado emitido na última quinta-feira, a Liga Deportiva Alajuelense (LDA) afirma que já fez uma queixa formal no dia 19 de novembro, e espera "respostas claras" da Fifa.
"A LDA solicita à Fifa que emita e comunique uma decisão antes do fim de janeiro de 2025. Esta decisão é crucial para garantir a integridade do torneio e proteger os direitos dos clubes participantes", diz um trecho da nota da Alajuelense.
León e Pachuca garantiram as vagas para o Mundial por terem vencido a Liga dos Campeões da Concacaf nas edições de 2023 e 2024, respectivamente. Os dois times fazem parte da conglomerado de clubes do empresário Jesús Martínez Patiño, que também controla Mineros de Zacatecas (MEX), Coyotes de Tlaxcala (MEX), Talleres (ARG) e Everton (CHI).
A Fifa manteve os dois mexicanos no sorteio dos grupos, realizado no dia 5 de dezembro, enquanto tentava resolver a situação entre os clubes. Uma possível solução especulada pela imprensa mexicana na ocasião seria um compromisso assinado por Pachuca e León de que ambos são geridos de forma independente. Outra saída seria a venda de um deles, de forma a cumprir o regulamento do Mundial.
Um caso similar ocorrido na Liga Europa pode ser usado como precedente para permitir a permanência dos mexicanos no Mundial de Clubes. A Uefa aceitou as alegações de Manchester United e Nice, ambos pertencentes ao empresário Jim Ratcliffe, de que os dois clubes operam de forma separada e independente.
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