O processo aberto pela DIS contra Neymar pai por conta dos valores da transferência do astro ao Barcelona, em 2013, pode impedir que o sonho do Real Madrid de contratar o brasileiro seja concretizado. É o que afirma o jornal catalão "Sport" nesta terça-feira, apontando que uma possível condenação não permitiria a Ney voltar a estabelecer residência na Espanha.
O artigo do diário catalão tem origem na informação da rádio "Cadena SER", que afirmou que o processo chegou às mãos do juiz Vázquez Honrubia, titular do Tribunal Central Penal da Audiência Nacional (espécie de Tribunal Superior da Espanha). Agora caberia ao magistrado marcar o julgamento para definir se Neymar será considerado culpado por fraude fiscal, e, dependendo da pena, isto poderia impedir um retorno do atleta ao futebol espanhol.
O "Sport" diz que se o juiz decretar a prisão por mais de dois anos, Ney não poderia voltar a morar no país ibérico. Segundo o jornal, "apenas um acordo entre as partes, que agora é muito difícil de acontecer" impediria que Neymar e Josep Maria Bartomeu - outro envolvido no processo, junto ao ex-presidente do Barça, Sandro Rosell - vão a julgamento.
O caso
A DIS afirma que foi vítima de uma fraude na transferência do astro para o Barcelona, em 2013, uma vez que o valor declarado da transação teria sido inferior às cifras movimentadas, de fato, na operação. Dona de 40% dos direitos econômicos do jogador, a empresa alega que deveria ter recebido sua porcentagem sobre o valor total da transferência, que, de acordo com a Audiência Nacional espanhola, alcançou os € 83,3 milhões (R$ 299,2 milhões nos valores atuais).
O grupo, no entanto, só recebeu a porcentagem dos € 17 milhões (R$ 61 milhões) pagos pelo Barcelona ao Santos pela contratação do jogador. Por isso, em 2015, entrou com a ação, que foi aceita pela Justiça espanhola em meio a outro processo enfrentado por Neymar e o Barcelona, junto à Receita do país, também por conta da transferência.
A Justiça da Espanha decidiu arquivar o caso em julho do ano passado, mas, em setembro de 2016, o Ministério Público solicitou a reabertura do processo. Os acusados entraram com um recurso, que foi negado pela Audiência Nacional no começo deste ano. Na época, em comunicado, a assessoria do craque apontou ter segurança de que Neymar não será condenado, pois "não foi praticado nenhum crime".
A DIS solicita que Neymar seja condenado a cinco anos de prisão e fique impossibilitado de jogar futebol neste período, além do pagamento de uma indenização entre € 159 milhões e € 195 milhões. A promotoria, por sua vez, pede que o jogador receba pena de dois anos de prisão, além de multa de € 10 milhões.
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