O presidente da Argentina, Mauricio Macri, disse em discurso de abertura do G20 nesta sexta-feira (30) que os "desafios globais" pelos quais os países estão passando requerem "soluções globais". "Quero pedir-lhes que atuemos com o mesmo senso de urgência que na cúpula de 2008", afirmou diante dos líderes dos diversos países participantes.
O encontro de líderes do G20 completa 10 anos nesta edição. A primeira aconteceu em 2008, em meio às preocupações causadas pela crise financeira iniciada no mercado imobiliário norte-americano.
"Temos que promover ações baseadas em interesses compartilhados", defendeu ainda o presidente em seu discurso. A Argentina recebe o evento em meio a tentativas de conter a crise financeira que está enfrentando, que levou o país a pedir socorro novamente ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
"Nestes anos, as mudanças e as circunstâncias sociais, políticas e econômicas em nível global e em nossos países geraram um questionamento sobre os mecanismos multilaterais contemporâneos, incluindo o G20, e surgiram tensões entre nossos países sobre a visão de como encarar individualmente as oportunidades e desafios globais", afirmou Macri.
O presidente argentino também destacou que o país nunca recebeu "tantos líderes ao mesmo tempo, é histórico". Ele ainda destacou o fato de ser a priumeira cúpula realizada na América do Sul. "No G20 mais ao Sul que já se organizou, os convido para dar uma mensagem clara ao mundo, de que aqui juntos podemos dar um horizonte de desenvolvimento, unidos na diversidade."
Cúpula do G20
Começou nesta sexta-feira (30) em Buenos Aires, na Argentina, e termina no sábado (1º) o encontro das 20 maiores economias do mundo, a cúpula do G20. A expectativa é que a “guerra comercial” e as preocupações com o crescimento da economia mundial se destaquem entre as principais discussões.
A reunião entre Trump e Xi Jinping deve dominar as atenções do evento. Os Estados Unidos vêm impondo tarifas sobre produtos importados de outros países, especialmente da China. O país asiático, por sua vez, vem anunciando taxas extras sobre produtos norte-americanos em retaliação, em um movimento de “guerra comercial” que vem atingindo outros países e gerando preocupações sobre o crescimento global.
A cúpula do G20 deve ser marcada ainda por discussões sobre a necessidade de refirma da OMC, especialmente após o bloqueio pelos Estados Unidos da nomeação de novos juízes para o órgão de apelação da organização. O receio é que o julgamento de conflitos comerciais fique comprometido.
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