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INTERNACIONAL Terça-feira, 02 de Julho de 2024, 08:23 - A | A

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Mãe com câncer cerebral morre após passar 'últimos dias' com filha recém-resgatada em Gaza

Liora Argamani, 61, tinha doença em estágio quatro e apelou durante meses por soltura da filha para que pudesse vê-la novamente antes de partir

O Globo e agências internacionais

Morreu, aos 61 anos, a mãe da refém Noa Argamani, resgatada há apenas três semanas em Gaza depois de passar oito meses em cativeiro do Hamas. Em dezembro, Liora Argamani, mãe da jovem de 26 anos, compartilhou nas redes sociais um vídeo em que apelava aos membros do grupo terrorista para que pudesse ver sua filha novamente antes de partir.

Com a libertação, a refém e a mãe puderam passar juntas os "últimos dias" de Liora. O Centro Médico Ichilov, em Tel Aviv, confirmou em comunicado nesta terça-feira que a paciente morreu "após uma longa batalha contra o câncer". O hospital afirmou que ela "passou seus últimos dias ao lado de sua filha Noa, que voltou do cativeiro, e de sua família próxima".

A chinesa tinha câncer cerebral em estágio quatro. Ela afirmou, em dezembro, que “não sabia quanto tempo” de vida lhe restava. Liora Argamani, natural da cidade chinesa de Wuhan, chegou a apelar ao principal líder da China, Xi Jinping, por ajuda pela liberdade da filha.

— Tenho câncer no cérebro. Não sei quanto tempo me resta. Desejo ter a chance de ver minha Noa em casa — disse ela, no vídeo. — Se eu não te ver, saiba que fizemos tudo o que podíamos para libertá-la rapidamente. O mundo inteiro ama você.

As Forças Armadas de Israel anunciaram, há três semanas, o resgate com vida de quatro reféns que eram mantidos em Gaza desde o festival de música Supernova, em outubro do ano passado. Além de Nova, foram soltos Almog Meir Jan, de 21 anos; Andrey Kozlov, de 27; e Shlomi Ziv, de 40.

Nascida na China, Noa estava no festival de música eletrônica que foi alvo de ataque dos extremistas em 7 de outubro. Ela posou ao lado do pai bebendo refrigerante após o resgate.

 Um vídeo (que teria sido verificado por seu pai, Yaakov Argamani, ao Canal 12 de Israel) mostra a jovem na garupa de uma motocicleta gritando: “Não me mate!”. Seu namorado, Avinatan Or, de 30 anos, também aparece nele.

 Poucos dias após ter sido sequestrada, em 12 de outubro, Noa completou 26 anos. Na ocasião, a família da jovem realizou o tradicional jantar de aniversário em sua casa, ao sul de Israel, com bolo e duas cadeiras vazias na mesa de jantar, representando a ausência da menina e de Avianatan. Na ocasião, Liora disse que ter a filha “levada embora aumenta a dor”.

 No bairro onde Noa Argamani cresceu, a comunidade estava de luto. Alguns de seus amigos estavam entre as 3,5 mil pessoas presentes no festival de música. Muitas das vítimas que inicialmente estavam dadas como desaparecidas foram confirmadas mortas, incluindo Ori Tchernichovsky, amigo de Noa, que morreu no ataque.

Em 7 de outubro, mais de 1,2 mil pessoas foram mortas, e 240 foram feitas reféns, segundo Israel. Desde então, um cerco foi formado a Gaza, e o fornecimento de água, alimentos e combustível foi cortado. Mais de 30 mil pessoas morreram no enclave, estima o Ministério da Saúde de Gaza.

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