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25 de Agosto de 2024

OPINIÃO Segunda-feira, 11 de Julho de 2022, 14:54 - A | A

Segunda-feira, 11 de Julho de 2022, 14h:54 - A | A

RENATO DE PAIVA

A Covid está de volta

A primeira contestação é que a vacina nunca garantiu proteção total

Renato de Paiva Pereira

Por experiência própria e por relatos dos que usaram ultimamente os Postos de Saúde para tomar a vacina de Covid-19, vejo que está muito fácil a imunização complementar e mesmo as doses de reforço.

Não há mais necessidade de agendamento prévio e nem esperas em tediosas filas como ocorria no início da campanha. Basta comparecer a uma unidade de saúde e, cumprindo algumas exigências básicas, receber a injeção que pode salvar vidas ou amenizar a doença.

No meu caso foi só comprovar a idade e o intervalo de quatro meses da última dose. Todo o processo não demorou mais de 20 minutos.

O que está cada vez mais difícil é entender a relutância dos que se recusam a receber o imunizante, mesmo estando comprovada a sua eficiência.

Estranhamente algumas pessoas, mostrando total desconhecimento da atuação do preventivo, alegam que não vão tomar a segunda dose ou a dose de reforço, porque um amigo ou vizinho, mesmo tendo tomado as duas doses, contraiu a doença, e que um parente avesso à imunização até hoje não pegou a covid.

Alegam ainda que a vacina não vale mais nada, porque o vírus evoluiu e o fármaco não acompanhou essa transformação.

Claro que são argumentos absolutamente descabidos, próprios de quem se informa somente através das mídias sociais e não nos jornais e imprensa profissionais.

A primeira contestação é que a vacina nunca garantiu proteção total. Os cientistas, baseados em pesquisas, sempre prometeram que havia uma imunidade relativa, isto é, muitos vacinados poderiam contrair a doença. O grande mérito, entretanto, sempre foi amenizar os estragos que o vírus faz nos infectados, ou dito e outra forma: os vacinados podem sim contrair a doença, mas reagirão a ela, majoritariamente de forma muito menos grave que os não imunizados.

Os jornais informam que entre 80% e 90% dos que morrem diariamente de Covid-19 não tomaram nenhuma dose ou não completaram o sistema vacinal.

O Brasil que já teve milhares de mortes diárias, chegou, em outro momento, quando a vacinação prosperava, a menos de 100 óbitos por dia e ainda com viés de queda. Mas eis que, lentamente, à medida que a vacinação regredia, os números foram crescendo e hoje já passam de 200 mortes a cada 24 horas e a cifra continua a avançar.

Os que se recusam a vacinar são, em parte, responsáveis pelo aumento de casos, porque, desenvolvendo a doença, contribuem para aumentar a circulação do vírus.

Há notícias que as empresas produtoras de vacinas estão em fase adiantada da produção de uma vacina mais efetiva da Covid-19, mas enquanto não fica pronto esse imunizante completo, a solução é ir atualizando a cada quatro meses o que temos. O preço é muito barato: basta ir, a cada quadrimestre, a um posto de saúde e receber uma picadinha quase indolor.

Infelizmente apenas metade da população recebeu a dose de reforço, e por consequência vamos atingir, nesta semana, a marca de 250 mortes por dia. Não é à toa que os jornais voltam a ocupar páginas inteiras, noticiando a evolução da covid-19 no Brasil e no mundo.

Renato de Paiva Pereira é empresário e escritor

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