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POLÍCIA Terça-feira, 18 de Outubro de 2016, 09:39 - A | A

Terça-feira, 18 de Outubro de 2016, 09h:39 - A | A

ESPANCAMENTO NA CADEIA

Presos e servidores serão investigados

Gazeta Digital

REPRODUÇÃO

 

Polícia Civil deve interrogar detentos e servidores que atuavam na Cadeia Pública do Capão Grande, onde foi espancado Valdir Pereira da Rocha, 36, que morreu em decorrência de traumatismo craniano no sábado (15). Ele foi preso em julho, em operação da Polícia Federal, acusado de integrar um grupo terrorista. Ao final da investigação foi inocentado.

 

Agressões aconteceram um dia depois dele ter sido removido do Presídio Federal de Campo Grande (MS) para Mato Grosso, na quarta-feira (13). O delegado Marcelo Jardim, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que já instaurou inquérito para apura o homicídio e as providências preliminares já foram adotadas.

 

Solicitou lista com nomes dos detentos que estavam no mesmo raio que a vítima, bem como os nomes dos servidores que atuavam no plantão, à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).

Caso os detentos não revelem os autores da agressão, todos serão indiciados, adverte o delegado. A Sejudh também abriu inquérito administrativo para apurar se houve facilitação para o crime, já que a família de Valdir garante que a execução foi premeditada. Depois de agentes terem incitado os outros presos contra ele, dizendo que ele era “terrorista que executava crianças”, os cadeados das celas foram deixados abertos, no momento em que os “amarelinhos”, serviam o almoço. Com isso os detentos saíram das celas e o agrediram, usando inclusive uma barra de metal que teria "surgido" no local.

 

As denúncias partem da mãe adotiva de Valdir, a advogada criminalista Zaine El Kadre. Ela diz que o filho ficou 60 dias preso sob uma acusação de terrorismo que não foi comprovada. Depois, em vez de ser liberado em Campo Grande, foi trazido às pressas para Várzea Grande, sem conhecimento da família que só soube que ele estava em Mato Grosso depois que foi espancado e levado para o Pronto-Socorro.

 

Segundo ela, não havia motivo para mantê-lo preso. Valdir foi sepultado às 17h30 de segunda-feira (17), no município de Vila Bela da Santíssima Trindade (521 km a leste), onde mora a esposa e os dois filhos menores de 5 e 2 anos.

 

Em certidão emitida pela Justiça Federal em 16 de setembro, apontava que Valdir não possuía mandado de prisão expedido contra ele. Mas o fato de estar cumprindo condenação de 28 anos em regime de reclusão, deveria ser remetido a unidade prisional de Mato Grosso.

 

Valdir já estava em liberdade assistida antes de ser preso em decorrência da operação Hashtag, desencadeada pela Polícia Federal contra o terrorismo, no dia 22 de julho deste ano. Ele se entregou na cidade de Vila Bela.

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