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POLÍTICA & PODER Quarta-feira, 12 de Dezembro de 2018, 09:12 - A | A

Quarta-feira, 12 de Dezembro de 2018, 09h:12 - A | A

R$ 1,5 MILHÃO

Contrato supostamente simulado tenta dar legalidade a empréstimo de Possamai a Selma Arruda

Redação

Reprodução

 

A senadora eleita Selma Arruda (PSL) vê a cada dia complicar mais sua situação frente à Justiça Eleitoral, e corre cada vez mais o risco de perder o mandato. Ela é acusada de caixa 2 e abuso de poder econômico nas eleições.

 

Em entrevista ao site VG Notícias, o primeiro suplente de Selma, Gilberto Eglair Possamai atribuiu a culpa pela versão do suposto empréstimo de R$ 1,5 milhão a Selma, em 05 de agosto, aos advogados - e disse que Selma foi mal assessorada.

 

Esse suposto empréstimo é o argumento utilizado pela ex-magistrada para justificar à Justiça Eleitoral a movimentação de R$ 1,5 milhão não declarados na campanha. Foi a própria Selma Arruda que revelou, em entrevista ao O Globo, a argumentação que apresentará no processo.

 

Conforme a publicação, Selma assinou sua ficha de filiação ao PSL em 5 de abril e No mesmo dia, recebeu dois depósitos que totalizaram R$ 1,5 milhão em sua conta corrente, em uma agência da Caixa. “A origem dos recursos gastos na campanha e na pré-campanha é o meu primeiro suplente. Ele deu R$ 1,5 milhão e eu pedi emprestado mais R$ 1,5 milhão”, disse ela.

 

Possamai disse que foi orientação dos advogados, para que falasse que os R$ 1,5 milhão foi empréstimo. Ele, inclusive critica a orientação, alega que Selma foi mal assessora e classifica os advogados de “merreca”.

 

uestionado sobre a origem do dinheiro, uma vez que não consta da declaração de bens de Beto Possamai, informada à Justiça Eleitoral, ele respondeu: “do céu ele não veio, dinheiro suado e sagrado, se você quer saber, escreve no site, que não tenho receio, sou produtor e produzo muito e tenho minha mulher que também é produtora, uma parte disso aí é dela, outra coisa, a gente tem que falar pra Justiça, mas esclarecido ai, não pra vocês que a gente não sabe pra quem está falando, que maneira que distorce a situação, que maneira que fala certo, estou esperando pra falar perante à Justiça, quero deixar tudo esclarecido isso ai. Tem tudo lugar que saiu, tem problema lá de trás que imprensa que fica distorcendo coisa, que fica com preguiça de ir atrás, e aí distorce. Se a gente conseguir pegar o poder, a gente vai pegar o WhastApp e ver tudo isso, e fazer circular extrato público, tudo, ponto”, (sic), disse, em entrevista ao VG Notícias.

 

E com a determinação do do desembargador Pedro Sakamoto, vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT), suspendendo o segredo de justiça da ação, alguns documentos já começaram a vir a público. Em um deles, há um Contrato de Mútuo, que Gilberto Eglair Possamai revelou que foi simulado por orientação do advogado Lauro da Mata, para dar legalidade ao R$ 1,5 milhão, depositado na conta da juíza aposentada. 

 

O contrato estipula que, um dia antes da assinatura do documento, que foi em 05 de abril de 2018, mesmo dia que Selma Arruda se filiou ao PSL, Possamai teria que efetuar a transferência bancária no valor de R$ 1 milhão, na conta da titular Selma Rosane Santos Arruda, na Caixa Econômica - e o restante, R$ 500 mil, em 15 de julho de 2018.

 

Conforme Contrato de Mútuo, Selma tem que devolver o "empréstimo" em 05 de abril de 2020, com juros de 1% ao mês. Como garantia, a senadora eleita ofereceu um imóvel residencial, no valor de R$ 320 mil, conforme consta de sua declaração de bens ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).  Outro documento, também revelado pelo site VG Notícias, é uma nota promissória, assinada pela senadora eleita, Selma Rosane Arruda, no valor de R$ 1,5 milhão, porém, não consta do contrato.

 

A cláusula 8.º do documento, diz que fica vedada a cessão e transferência do presente contrato, seja a que título for, sem expressa concordância das partes.

 

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