Nos últimos meses, os preços do milho no Brasil têm mostrado variações regionais, com algumas quedas, enquanto outras registram aumentos. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a média semanal fechou em R$ 52,14 por saco, em comparação com R$ 59,35 em 21 de dezembro passado. No entanto, em outras praças locais, os valores caíram para cerca de R$ 50,00 por saco.
De acordo com a análise da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), a dinâmica é influenciada pela pressão da colheita, apesar das quebras em algumas regiões. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa do milho, calculado pelo Cepea, registrou uma queda de 9,9% apenas em janeiro, refletindo a tendência de mercado. No entanto, especialistas não descartam uma recuperação dos preços, especialmente se houver uma redução na área plantada com a safrinha nacional.
O plantio da segunda safra no Centro-Sul brasileiro está ocorrendo em um ritmo acelerado, batendo recordes históricos. Contrariando expectativas anteriores, a área já foi plantada em 27% da extensão esperada. Este fenômeno levanta questões sobre a redução na área plantada com a safrinha em comparação com o ano anterior.
A Conab estima que a área total plantada com milho em 2023/24 será 8,2% menor do que no ano anterior, resultando em uma produção final estimada em 113,7 milhões de toneladas, uma redução significativa em relação ao ano anterior. A primeira safra está prevista em 23,6 milhões de toneladas, enquanto a segunda safra é projetada em 88,1 milhões de toneladas, representando uma diminuição na área plantada com a safrinha.
As projeções de exportação também são uma consideração importante. Em janeiro, o Brasil exportou 4,9 milhões de toneladas de milho, abaixo do volume exportado no mesmo período do ano anterior. O preço médio por tonelada do cereal brasileiro registrou uma queda de 18,9% em comparação com o ano anterior.
Para fevereiro, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) espera uma exportação de 773.940 toneladas de milho pelo país.
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