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Renascendo das cinzas

Lojistas buscam recomeço após incêndio no Shopping Popular

O Shopping Popular de Cuiabá ficou destruído após ser atingido por um incêndio de grandes proporções

Da Redação

Os lojistas do Shopping Popular, destruído por um incêndio na semana passada, preparam um novo recomeço. O centro comercial abrigava a 600 lojas gerando mais de três mil empregos diretos e indiretos. A expectativa era de que nesta semana eles começassem a ser transferidos para o Complexo Dom Aquino, porém, o Ministério Público disse que não seria possível, pelo complexo se tratar de “bem de uso comum do povo” e que sua ocupação por atividade privada não atende os fins e interesses da coletividade, sugerindo, ainda, que os lojistas se instalassem no estacionamento do Shopping.

Enquanto o imbróglio continua, os lojistas buscam meios de retomar as atividades, como Adriano Maia, que vem utilizando as redes sociais para anunciar que tem produtos à venda, que se instalou nas proximidades do Shopping Popular, e que tudo vai dar certo, não podendo parar de trabalhar.

“Hoje, graças a Deus, já consegui comprar alguns produtos. Amanhã, eu tenho mais dois pedidos para chegar e vai dar certo. E quero pedir a vocês aí, se precisarem de alguma coisa...”, gravou em vídeo anunciando os produtos que conseguiu comprar.

“Se Deus quiser, no decorrer da semana, a gente vai conseguir fazer a reposição de tudo para atender vocês. Não sei como vai ser ainda, mas vou estar com os produtos no carro, qualquer coisa pode me chamar. E pode compartilhar, ajuda a gente compartilhando e a gente vai dando certo”.

Alguns lojistas também recorreram à vaquinha online para amenizar o prejuízo. Foi o caso do comerciante Wictor Rodrigo, e perdeu tudo no incêndio do Shopping Popular.

"Estou passando por cima de tudo que eu sinto nesse momento, ego, orgulho, para pedir a ajuda de vocês", disse ele em um vídeo emocionado nas redes sociais da sua marca.

"Com o que você puder ajudar, com R$ 40, R$ 50, com R$ 15 ou R$ 1. Com o que você puder ajudar eu vou ser muito grato", afirmou.

O esforço para que os efeitos do incêndio sejam amenizados vem unindo os Executivos municipal e estadual. O governador Mauro Mendes garantiu que o Estado vai contribuir para a reconstrução do Shopping, e estuda a concessão de linha de crédito por meio da Desenvolve MT aos 600 lojistas. O empréstimo obedecerá regras do Banco Central. O valor ainda é dimensionado por técnicos da agência de fomento.

Porém, Mauro acrescentou que somente fará o que a lei permitir. De acordo com o gestor, apesar da situação dos comerciantes ser dramática, é preciso também agir com racionalidade. "Não sou de ficar tomando decisões precipitadas. O Governo quer ajudar, o Governo vai ajudar. Nós temos que fazer isso dentro de uma linha racional, técnica e não agir de impulso ou com outro viés. O Governo vai agir tecnicamente para que soluções venham acontecer", frisou.

Já o prefeito Emanuel Pinheiro vem tomando uma série de medidas emergenciais para atender aos lojistas que tiveram suas lojas destruídas pelo incêndio que consumiu o Shopping Popular. O prefeito destacou o trabalho conjunto do Cuiabanco e Desenvolve MT para maior assertividade na concessão de linhas de crédito.

"Estamos agindo com celeridade, pois estamos lidando com vidas e sustentos. Unimos forças com o Cuiabanco e o Desenvolve MT para garantir créditos com eficiência”, pontuou.

O INCÊNDIO
A fumaça começou a aparecer na área da escada do shopping por volta das 2h26. Imagens registradas por pessoas que transitavam pela região mostram o fogo e a destruição causada pelas chamas.

O vigia do local tentou conter as chamas iniciais, mas não conseguiu e acionou os bombeiros. Segundo a Polícia Civil, o incêndio pode ter começado por meio de uma falha no sistema elétrico do prédio.

SEM SEGURO

O presidente da Associação dos Camelôs, Misael Oliveira Galvão, informou que o local não tinha seguro, pois não conseguiram uma seguradora para fechar o serviço para todos os lojistas.

Misael também explicou que o local estava com alvará liberado pelo Corpo de Bombeiros e que não havia nada fora da legalidade.

 

 

 

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