Cuiabá, 23 de Julho de 2024
Notícia Max
23 de Julho de 2024

AGRONEGÓCIO Quinta-feira, 08 de Fevereiro de 2024, 14:50 - A | A

Quinta-feira, 08 de Fevereiro de 2024, 14h:50 - A | A

QUEDA

IBGE estima safra 2024 de grãos em 303,4 mi de t

Resultado está 12 milhões de toneladas abaixo da safra obtida em 2023

Agência Safras

A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve alcançar 303,4 milhões de toneladas de acordo com a estimativa de janeiro do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado hoje (8) pelo IBGE. Este resultado é 3,8%, ou 12 milhões de toneladas abaixo da safra obtida em 2023 (315,4 milhões de toneladas) e 1,0% menor (3,1 milhões de tonelada) do que a estimativa de dezembro de 2023. A redução reflete o impacto dos problemas climáticos ocorridos ao longo de 2023.

A área a ser colhida foi de 77,6 milhões de hectares, apresentando decréscimo de 0,3% frente à área colhida em 2023, declínio de 222,6 mil hectares. Em relação ao mês anterior, a área a ser colhida apresentou acréscimo de 189.770 hectares (0,2%). O algodão foi o único produto a apresentar recorde de produção.

Em 2023, houve excesso chuvas no Rio Grande do Sul, atrasando o plantio dessa nova safra; e períodos de seca com temperaturas elevadas nas regiões Norte e Centro-Oeste. Esses efeitos climáticos estão gerando queda nas estimativas nessas regiões e estados. A cultura mais afetada foi a soja que, com estimativa de 150,4 milhões de toneladas, decréscimo de 1,0% em relação ao que foi produzido em 2023, mesmo com um aumento na área plantada, o que mostra um declínio na produtividade bastante relevante, destaca o gerente da pesquisa, Carlos Barradas.

Ele explica que os efeitos causados pelo fenômeno climático El Niño, caracterizado pelo excesso de chuvas nos estados da região Sul, e a falta de chuvas regulares, combinada com o registro de elevadas temperaturas na região Centro-Norte do país trouxeram, como consequência, uma limitação no potencial produtivo da soja em boa parte das unidades da federação produtoras, justificando a queda de 2,7% na quantidade produzida em relação ao último prognóstico apresentado.

Da mesma forma, o milho, com uma produção estimada de 117,7 milhões de toneladas, teve queda de 10,2% em relação a 2023 e alta de 0,7% em relação a dezembro. O produto também teve redução de 4,8% na área plantada, considerando os milhos de primeira e de segunda safras. O problema do milho é que os preços estão bastante defasados, com uma rentabilidade muito baixa. Os preços da soja também vêm caindo. Já o arroz, por outro lado, pela primeira vez, nos últimos anos, teve um aumento de 3,1% na área plantada. Como o preço está bom, os produtores ampliaram a área de plantio, diz Barradas.

O Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 27,6%, seguido pelo Paraná (14,0%), Rio Grande do Sul (13,3%), Goiás (10,2%), Mato Grosso do Sul (8,8%), e Minas Gerais (5,9%), que, somados, representaram 79,8% do total.

Daqui para frente. ainda devemos ver os impactos dos efeitos climáticos. Ainda há várias unidades da federação a informar os dados nos próximos meses. Com isso, novos dados devem refletir os problemas climáticos de 2023, que ainda não estão completamente recepcionados nas estimativas de janeiro, conclui o gerente do LSPA.

 

CLIQUE AQUI e faça parte do nosso grupo para receber as últimas do Noticia Max.

0 Comentários