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AGRONEGÓCIO Sexta-feira, 21 de Fevereiro de 2025, 12:51 - A | A

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CENÁRIO NACIONAL

Preço da soja se estabiliza, mas tendência de queda preocupa produtores

Tendência ainda é de baixa conforme a colheita avança no país

Agrolink

Os preços da soja no Brasil se mantiveram relativamente estáveis na última semana, mas a tendência ainda é de baixa conforme a colheita avança no país. Segundo dados da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), o câmbio ao redor de R$ 5,70 por dólar e os prêmios sem grandes alterações sustentam os valores, mas o ritmo da colheita pode pressionar o mercado. No Rio Grande do Sul, a saca fechou a semana a R$ 125,13, com negócios entre R$ 124,00 e R$ 125,00 nas principais regiões produtoras. No restante do Brasil, os preços variaram entre R$ 101,00 e R$ 118,00/saca.

O avanço da colheita no país atingiu 27,2% da área total esperada, abaixo dos 30,7% registrados no mesmo período de 2023 e da média histórica de 28,5%. As regiões Centro-Oeste e Norte conseguiram manter o ritmo, apesar das chuvas, enquanto no Sul, o excesso de calor e a seca comprometeram parte da produção. No Rio Grande do Sul, a produtividade média projetada é de 39 sacas por hectare, 35% abaixo da média nacional, que é de 60 sacas/hectare. Já em estados como Mato Grosso e Bahia, os índices são bem superiores, alcançando 66,5 e 70 sacas/hectare, respectivamente.

Exportações de soja: Brasil amplia presença global
No cenário internacional, a soja brasileira segue ganhando espaço, especialmente na China. Desde 2018, o país asiático reduziu a dependência da soja dos EUA, favorecendo o Brasil. Conforme a CEEMA, enquanto os EUA perderam 12% do volume exportado para a China nos últimos três anos, o Brasil aumentou suas vendas ao país asiático em 51%, consolidando sua liderança global no setor.

Apesar desse crescimento, há desafios no horizonte. A União Europeia, segundo maior importador de soja, está implementando novas regras ambientais que podem restringir a compra de grãos tratados com produtos químicos proibidos no bloco. Além disso, possíveis novas políticas protecionistas nos EUA, caso Donald Trump retorne à presidência, podem afetar o comércio global da commodity.

No Brasil, outro fator de impacto foi a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de manter a mistura de biodiesel no diesel fóssil em 14%, frustrando as expectativas do setor, que aguardava o aumento para 15% (B15). A medida gerou críticas, já que o biodiesel é um dos principais destinos da soja processada no país.

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