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22 de Julho de 2024

BRASIL Segunda-feira, 20 de Maio de 2024, 13:12 - A | A

Segunda-feira, 20 de Maio de 2024, 13h:12 - A | A

Tragédia climática

Água baixa e revela cenário de devastação em vila no RS

G1

A água do rio Taquari começou a baixar e revelou um cenário de destruição em Mariante, distrito de Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul. A localidade resistiu a inundações históricas, mas sucumbiu com as chuvas de maio, quando teve toda a infraestrutura e quase todas as 618 casas atingidas pela inundação.

A prefeitura pretende levar os moradores para Vila Estância Nova, local onde ficava o Instituto Penal do município. Foi solicitado ao governo estadual uma área de 5,7 hectares para realocar os moradores da área urbana do vilarejo.

Imagens desta segunda-feira (20) mostram imóveis completamente destruídos e uma casa que foi arrastada pela força da água e que ficou suspensa.

Em Venâncio Aires, 23 mil pessoas foram afetadas, sendo que 8 mil tiveram que sair de casa e mais de 200 ainda permanecem em abrigos da prefeitura.

Vila centenária varrida pela enchente

A reportagem do g1 foi até Mariante durante a cheia do Rio Taquari e acompanhou o cotidiano de moradores que resistiam em seus imóveis. Como é o caso do Osmar Gomes Pereira, de 71anos, que convive com as enchentes há quatro décadas.

Ele diz que, de tanto ouvir falar, tinha curiosidade de saber como foi a cheia de 1941, a pior da história do Rio Grande do Sul até as enchentes de 2024. No início de maio deste ano, viu algo pior. O distrito de Mariante e os arredores, onde vive o idoso, foram arrastados pelo Taquari.

No dia 1º, Osmar, a mulher, Adélia Gonçalves dos Santos, e o filho, Adriano dos Santos Pereira, viram a água subir e quase invadir a casa.

Vizinhos de Osmar, Délcio e Cleci Bergnethal, de 77 e 72 anos, também não queriam deixar a casa. “Daqui eu não saio”, disse Délcio, segundo o filho, Paulo Dario Bergnethal, de 53 anos, que morava ao lado.

Nas duas grandes cheias que atingiram a região recentemente – em setembro e novembro de 2023 –, o casal escapou subindo para o segundo andar.

O casal foi para o segundo andar novamente – a mulher, cadeirante, subiu carregada pelo filho. Dias depois, em 3 de maio, Délcio e Cleici foram encontrados sem vida no andar térreo.

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