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BRASIL Quinta-feira, 20 de Dezembro de 2018, 11:00 - A | A

Quinta-feira, 20 de Dezembro de 2018, 11h:00 - A | A

OPERAÇÃO ROSS

PF faz buscas em endereços ligados à família de Aécio Neves em Belo Horizonte

TV Globo — Belo Horizonte

 

A Polícia Federal cumpre três mandados de busca e apreensão em endereços ligados à família do senador Aécio Neves (PSDB), nesta quinta-feira (20), em Belo Horizonte. Os locais são a casa da mãe do parlamentar, além de uma empresa de comunicação, que seria da jornalista Andrea Neves, irmã de Aécio, e do primo Frederico Pacheco, além da casa deste. Esta é segunda fase da Operação Ross, que investiga o recebimento de vantagens indevidas do grupo J&F, entre os anos de 2014 e 2017.

 

As buscas desta quinta-feira (20) foram determinadas pelo ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF). Devem ser recolhidos documentos em papel e arquivos digitais.

 

O objetivo, segundo a PF, é coletar elementos que podem indicar lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Às 7h50, agentes descaracterizados deixaram a casa de Pacheco, na Rua Patagônia, no Sion, na Região Centro de Sul. Por volta das 9h50, uma viatura chegou à casa da mãe de Aécio, na Rua Pium-í, no Anchieta, onde já haviam oito policiais desde o início do dia.

 

No dia 11 deste mês, com o apoio do Ministério Público Federal, foram cumpridas ordens judiciais em imóveis do senador e da irmã dele, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Atualmente senador, Aécio termina o mandato neste ano e, no próximo, assume uma vaga na Câmara dos Deputados.

 

A reportagem tenta contato com os advogados de Aécio, Andrea e da mãe. A defesa de Pacheco foi contatada e um retorno é aguardado.

 

A J&F disse que não se manifestar sobre esta fase da operação.

 

Delação de executivos da J&F

 

A Operação Ross teve início a partir de delação de executivos da J&F para apurar denúncias de compra de apoio político. Segundo a PF, Aécio Neves comprou apoio do partido Solidariedade por R$ 15 milhões, e empresários paulistas ajudaram com doações de campanha e caixa 2, por meio de notas frias. Outros partidos também teriam sido beneficiados.

 

Os executivos do grupo J&F relataram ao Ministério Público Federal o repasse de propina de quase R$ 110 milhões ao senador.

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