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CIDADES Segunda-feira, 29 de Julho de 2024, 05:51 - A | A

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ALIMENTO COMPLETO

Agosto Dourado: amamentação previne doenças da infância

OMS recomenda que o aleitamento materno deva ser iniciado uma hora após o nascimento e se estender por até 2 anos

Elloise Guedes

Entre os dias 1º e 7 de agosto, comemora-se a Semana Mundial de Aleitamento Materno, no mês dedicado às ações que visam a estimular o aleitamento materno e a promover informações sobre a importância da amamentação mais conhecido como Agosto Dourado. O melhor alimento para qualquer bebê é o leite materno da própria mãe, principalmente se este for oferecido diretamente do seio. O leite materno é considerado o alimento mais completo para os bebês.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o aleitamento materno deva ser iniciado uma hora após o nascimento e se estender por até 2 anos - com a combinação de outros alimentos. Uma das principais preocupações da instituição com o aleitamento é a tentativa de diminuir o número de mortes no momento em que bebês estão particularmente mais fragilizados, ou seja, nos primeiros meses de vida.

O leite materno protege o bebê de inúmeras doenças, como diarreia, infecções respiratórias e alergias. Reduz o risco de a criança desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes, sobrepeso e obesidade na vida adulta. Amamentar os bebês imediatamente após o nascimento pode reduzir a mortalidade neonatal – aquela que acontece até o 28º dia de vida.

“É na amamentação que os bebês recebem os anticorpos da mãe para a proteção contra diversas doenças. O leite materno também reduz o risco de asma, diabetes e obesidade, mesmo depois que elas param de mamar. Além disso, a amamentação é um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, importante para que ela tenha dentes fortes e bonitos, desenvolva a fala e tenha uma boa respiração, sem falar nos vínculos afetivos promovidos entre a mamãe e o bebê e na redução da morbi-mortalidade infantil”, ressaltou a pediatra Edna Vaccari.

O leite materno é repleto de anticorpos, fundamentais para a saúde e a resistência do bebê a doenças, por isso é fundamental que a criança o receba como única fonte de alimento até os seis meses. Especialistas, no entanto, sugerem que ele deve continuar até os dois anos ou mais, ou seja, não há limite de idade para a amamentação.

Estima-se que, anualmente, em todo o mundo, mais de dez milhões de crianças com idade inferior a 5 anos morrem por doenças que podem ser prevenidas e tratadas. Com melhores taxas e amamentação, mais de 820 mil crianças dentro dessa faixa etária podem ser salvas. “Por isso, o aleitamento materno até os seis meses de vida precisa ser incentivado por campanhas, como a da Semana Mundial. Além de contribuir para o desenvolvimento infantil, a amamentação pode ter também impactos positivos na vida adulta da criança”, disse a pediatra.

Mas os benefícios não são só para as crianças. Neste mês dedicado ao aleitamento materno, a profissional pontuou que é importante que as mães conheçam os proveitos que a amamentação pode trazer a elas próprias. “A mãe também acaba sendo protegida e favorecida pela produção de leite e a amamentação em si. Entre os benefícios à saúde da mulher, temos a redução da incidência de cânceres de mama, ovário e endométrio, a proteção contra doenças cardiovasculares e também a proteção contra a osteoporose”, detalhou Edna Vaccari.

CRIAÇÃO DA CAMPANHA

A campanha Agosto Dourado foi criada em 1992 pela OMS em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O Agosto Dourado simboliza a luta pelo incentivo à amamentação – a cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno.

De acordo com a OMS e o Unicef, cerca de 6 milhões de vidas são salvas anualmente por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade. O Ministério da Saúde mantém este mês a campanha "Todos pela amamentação. É proteção para a vida inteira”. O evento ocorre anualmente em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

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