Cuiabá, 23 de Julho de 2024
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23 de Julho de 2024

CIDADES Terça-feira, 21 de Maio de 2024, 08:39 - A | A

Terça-feira, 21 de Maio de 2024, 08h:39 - A | A

RECLAMAÇÃO DISCIPLINAR

CNJ pede cópia de dados extraídos de celular de advogado assassinado em Cuiabá

A decisão deve ser cumprida com urgência e antes de qualquer análise do pedido formulado pela viúva da vítima, que requereu a devolução do aparelho telefônico

Da Redação

O juiz auxiliar da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Wellington da Silva Medeiros, determinou que o Juízo da 12ª Vara Criminal de Cuiabá encaminhe cópia integral do material apreendido pela Polícia Judiciária no bojo da investigação da morte do advogado Roberto Zampieri, ocorrida em dezembro passado.

A decisão foi tomada no bojo da reclamação disciplinar aberta contra o juiz Wladymir Perri, ex-titular da Vara, por supostas irregularidades na condução do inquérito policial que investiga o assassinato.

Medeiros ainda determinou que o delegado Marcel Gomes de Oliveira, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, acompanhe a extração das cópias a serem encaminhadas ao CNJ e, se for possível, ateste a integridade do conteúdo.

De acordo com a decisão, entre os materiais a serem enviados ao CNJ, está o conteúdo extraído do celular do advogado, que, para o juiz auxiliar da Corregedoria, “tem evidente relevância correcional e disciplinar”. A decisão deve ser cumprida com urgência e antes de qualquer análise do pedido formulado pela viúva da vítima, que requereu a devolução do aparelho telefônico.

A reclamação disciplinar contra Perri foi aberta após pedido do Ministério Público Estadual (MPE), que viu com “estranheza e perplexidade” alguns decisões do magistrado dentro do inquérito. No pedido ao CNJ, o MPE ainda citou que a viúva de Zampieri, habilitada como assistente de acusação nos autos, pediu a devolução do aparelho celular da vítima e destruição de todos os dados extraídos do aparelho que não possuam relação com os fatos investigados no homicídio.

O MPE se manifestou contrário à restituição do aparelho celular da vítima à sua família, sob o argumento de que tal fato impossibilitará qualquer diligência futura para esclarecimentos dos fatos.

“À vista do exposto, de ordem do Exmo. Corregedor Nacional de Justiça, Ministro Luis Felipe Salomão, determino ao Juízo da 12ª Vara Criminal de Cuiabá/MT que, com urgência e antes de decidir o pedido formulado pela viúva da vítima – ou de dar cumprimento a eventual decisão, caso já proferida –, encaminhe à Corregedoria Nacional de Justiça cópia integral do material apreendido pela Polícia Judiciária e que fora confiscado pelo magistrado Wladymir Perri na secretaria daquela unidade judicial, especialmente o conteúdo extraído do celular da vítima – em tese, armazenado em HD – e relatórios já produzidos pela Autoridade Policial”, decidiu o juiz.

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