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23 de Julho de 2024

ECONOMIA Quinta-feira, 08 de Fevereiro de 2024, 08:38 - A | A

Quinta-feira, 08 de Fevereiro de 2024, 08h:38 - A | A

IPCA

Preços sobem 0,42% em janeiro com alta forte dos alimentos

País tem uma inflação acumulada de 4,51% em 12 meses, acima das expectativas de analistas. Alimentação e bebidas teve a maior alta do grupo desde abril de 2022

G1

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostra que os preços subiram 0,42% em janeiro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado do mês representa uma desaceleração contra o mês anterior, já que o IPCA havia fechado dezembro com alta de 0,56%. E em janeiro de 2023, teve alta de 0,53%.

Com isso, o país tem uma inflação acumulada de 4,51% em 12 meses.

O resultado veio acima das expectativas do mercado financeiro, que esperavam aumento de 0,35% dos preços em janeiro. No acumulado, era esperada uma alta de 4,43%.

Sete dos nove grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta no mês. Mais uma vez, o destaque foi o grupo de Alimentação e bebidas, que registrou a maior variação (1,38%) e o maior impacto (0,29 ponto percentual) no índice geral.

É a maior alta do grupo desde abril de 2022 (2,06%). Houve, portanto, piora em relação ao mês anterior, quando o grupo havia demonstrado aumento de 1,11% e impacto de 0,23 p.p.

E novamente a Alimentação no domicílio, que engloba produtos in natura, puxou todo o grupo com alta de 1,81% no mês. A cenoura (43,85%), a batata-inglesa (29,45%), o feijão-carioca (9,70%), o arroz (6,39%) e as frutas (5,07%) foram os destaques do IBGE.

 

Já a Alimentação fora do domicílio teve uma desaceleração contra dezembro, passando de 0,53% para 0,25% de alta. O lanche (0,32%) e a refeição (0,17%) tiveram altas menos intensas que no mês anterior (0,74% e 0,48%).

Veja o resultado dos grupos do IPCA:
Alimentação e bebidas: 1,38%;
Habitação: 0,25%;
Artigos de residência: 0,22%;
Vestuário: 0,14%;
Transportes: -0,65%;
Saúde e cuidados pessoais: 0,83%;
Despesas pessoais: 0,82%;
Educação: 0,33%;
Comunicação: -0,08%.

Transportes seguem em queda
O grupo Transportes teve nova queda, de 0,65% em janeiro, e contribuiu com deflação para o índice geral (-0,14 p.p.). Os subgrupo de combustíveis tiveram mais uma redução (-0,39%), com recuo do etanol (-1,55%), do óleo diesel (-1,00%) e da gasolina (-0,31%). Apenas o gás veicular subiu (5,86%).

 Os preços de janeiro ainda não captam o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para combustíveis que entrou em vigor neste mês. O aumento foi deliberado pelo Comitê Nacional de Secretários de Estado da Fazenda (Comsefaz) em outubro de 2023.

Os preços do óleo diesel, da gasolina e do gás de cozinha aumentaram em cerca de 12,5% desde o dia 1º. Antes da alta do ICMS, os combustíveis já haviam ficado mais caros por conta da retomada da tributação federal. Desde 1º de janeiro, houve reoneração de PIS/Cofins, cujas alíquotas estavam zeradas até 31 de dezembro de 2023.

Quem puxou de fato o resultado do grupo para baixo foram as passagens aéreas. O subitem tem colhido altos e baixos ao longo dos últimos meses, mas teve deflação em janeiro (-15,22%) e maior impacto negativo no índice do mês (-0,15 p.p.).

INPC tem alta de 0,57% em janeiro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — que é usado como referência para reajustes do salário mínimo, pois calcula a inflação para famílias com renda mais baixa — teve alta de 0,57% em janeiro. Em dezembro, houve alta de 0,55%.

Assim, o INPC teve leve aceleração no acumulado em 12 meses, com alta de 3,82%. No mês anterior, o índice havia acumulado 3,71%.

"Os produtos alimentícios passaram de 1,20% de variação em dezembro para 1,51% em janeiro. A variação dos não alimentícios foi menor: 0,27% em janeiro frente à alta de 0,35% no mês anterior", destaca o IBGE.

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