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INTERNACIONAL Terça-feira, 27 de Novembro de 2018, 17:46 - A | A

Terça-feira, 27 de Novembro de 2018, 17h:46 - A | A

"MISSÃO MILITAR"

Corte da Crimeia determina prisão de marinheiros ucranianos

R7 Internacional

 

A Corte da Crimeia, território que pertencia à Ucrânia e foi anexado pela Rússia em 2014, ordenou a prisão preventiva de nove dos 24 marinheiros ucranianos que estavam detidos desde o último domingo (25). As informações são do jornal britânico The Guardian.

 

Os marinheiros ficarão presos por 60 dias, até 25 de janeiro. A expectativa é de que o tribunal emita decisões para os outros 15 militares na próxima quarta-feira (28). Eles estão sendo acusados de "atravessar ilegalmente a fronteira, com o uso ou ameaça de usar violência", um crime que prevê pena de até seis anos na Rússia.

 

Confissão na TV

 

A TV estatal russa também transmitiu interrogatórios com três dos marinheiros. Eles confessaram que estavam em uma missão militar, mas o governo da Ucrânia alega que os homens foram coagidos a dizer isso. “Reconheço que as ações dos navios com equipamento militar da Marinha da Ucrânia tiveram um caráter provocativo”, disse um dos marinheiros, que se identificou como Vladimir Lisov. "Eu estava cumprindo uma ordem."

 

Entenda a crise

 

O governo russo atacou e apreendeu embarcações ucranianas no último domingo. Pelo menos três ocupantes dos navios apreendidos ficaram feridos durante a operação.

 

Os barcos ucranianos estavam navegando no Mar de Azov, que cerca a região da Crimeia. A abordagem aconteceu no estreito de Kerch, que liga o Mar de Azov ao Mar Negro e separa a Crimeia da região continental da Rússia. Um acordo assinado pelos dois países em 2003 afirma que as águas são bilaterais. A Ucrânia tem portos importantes na região.

 

No entanto, a Rússia disse que as embarcações estavam em uma operação militar e que se tratava de uma invasão. Em seguida, o governo da Ucrânia decretou lei marcial por um mês em 10 pontos de fronteiras no país. A comunidade internacional está em alerta e teme que os confrontos na região se intensifiquem.

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