Cuiabá, 23 de Julho de 2024
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23 de Julho de 2024

OPINIÃO Sábado, 03 de Fevereiro de 2024, 08:24 - A | A

Sábado, 03 de Fevereiro de 2024, 08h:24 - A | A

EVANDRO SOARES DA SILVA

UFMT: do corte de energia ao sistema fotovoltaico

No ápice da crise, campus de Cuiabá teve energia cortada por falta de pagamento

EVANDRO SOARES DA SILVA

A luta da gestão atual da UFMT teve início pela sobrevivência institucional, tanto na perspectiva da saúde de sua comunidade em tempos de pandemia, quanto nas crises institucionais, principalmente as financeiras.

No ápice dessa crise, o campus de Cuiabá teve a energia cortada por falta de pagamento e situação vira manchete nacional. A gestão enfrentou o cenário, concentrou esforços na execução das dívidas acumuladas em exercícios anteriores e solucionou o problema instalando um sistema de energia fotovoltaica.

Apesar das dificuldades com os recursos escassos para a educação no período de 2020 a 2022, ainda no meio da gestão, já era possível observar realizações destacadas no relatório de gestão da UFMT ainda no ano de 2022, e também até o final do ano de 2023, que marca o terceiro ano da gestão atual.

Um exemplo foi a quitação integral da dívida contraída junto à concessionária de energia de Mato Grosso, concluída no meio da pandemia. Outro, foi a inscrição de restos a pagar das despesas do exercício de 2020 para evitar o reconhecimento de despesa dos exercícios anteriores em 2021.

Pontualmente sobre a questão da energia, no dia 16 de julho de 2019, ainda na gestão anterior, a UFMT teve a energia cortada, quando acumulava seis meses de contas atrasadas.

Tomamos posse no dia 16 de outubro de 2020 e, um ano depois, no dia 10 de setembro de 2021, inauguramos a primeira usina fotovoltaica no campus Cuiabá.

Foram investidos R$ 9 milhões financiados em parceria com a Energisa e com a perspectiva de gerar uma economia aproximada de R$ 2,5 milhões até 2022. A ação fez parte do programa "UFMT construindo o futuro"..

O sistema foi instalado inicialmente no bloco C da Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia (FAET), composto por 144 placas de 365 Watt-pico (Wp), totalizando 52,56 KWp (quilowatt pico) de capacidade instalada.

O custo total da instalação foi de aproximadamente R$ 400 mil, com recurso obtido por meio do Programa de Eficiência Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Esse esforço se somou a outra iniciativa realizada pela Secretaria de Infraestrutura (Sinfra) da UFMT: o aumento da eficiência energética da Universidade, que se deu a partir de parcerias com os setores públicos e privados para participar de processos de eficiência energética.

Em fevereiro de 2023, contabilizamos a ampliação do sistema fotovoltaico com a instalação, no Câmpus de Cuiabá, de 1740 kWp (quilowatt de potência de pico ), dos quais 58% do projeto estão instalados nos prédios do Bloco Didático Multiusuário de 1 a 4, Didático da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (FACC), Bloco Didático do Instituto de Linguagens (IL) e Faculdade de Comunicação e Artes (FCA). Há placas ainda no Instituto de Computação (IC), Quadras poliesportivas e Centro Olímpico de Treinamento (COT).

No câmpus do Araguaia (Barra do Garças e Pontal do Araguaia) foram instalados 420 KWp. Já no câmpus de Sinop, as instalações alcançaram 510 KWp.

Esse avanço foi conquistado graças a grandes esforços em busca de recursos junto às várias esferas de governo, decisivos para o equilíbrio fiscal da instituição.

Evando Soares da Silva é reitor da UFMT.

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