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BRASIL Terça-feira, 22 de Abril de 2025, 10:39 - A | A

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Entrevista do hospital

Bolsonaro se diz o "maior líder da direita" e mantém desejo de disputar eleição

Ex-presidente negou, mais uma vez, que tenha envolvimento na suposta trama golpista

Terra

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou na noite da segunda-feira, 22, que, para ele, a população não desejaria outro candidato na direita que não seja ele próprio.

Bolsonaro ainda afirmou que, caso a inelegibilidade dele seja mantida, a eleição sem sua presença seria uma “negação à democracia”.

As afirmativas foram feitas durante a entrevista ao SBT Brasil, onde o ex-mandatário aparece na cama do Hospital DF Star.  Ao ser questionado pelo apresentador Cesar Filho se tem ânimo para continuar como candidato, Bolsonaro afirma que é o "maior líder da direita" na América do Sul, e quem sabe, até "mundial". 

"Logicamente, eu sempre deixo um espaço reservado para aquela pessoa que eu tenho muita gratidão, que é o Donald Trump, que foi eleito nos Estados Unidos". Segundo ele, até quem é da esquerda concorda reservadamente que os políticos aprenderam o que é “política e família” com a sua chegada à presidência.

A direita veio para ficar no Brasil e o mundo todo está marchando para a direita”, declarou. Bolsonaro não perdeu a oportunidade de negar que atuou no plano golpista e afirma que o processo ao qual responde é “arbitrário” e “político”, e não técnico. 

“É uma batalha difícil, estou inelegível porque me reuni com embaixadores, e por outro momento, subi num carro de som do pastor Silas Malafaia, e fui acusado de abuso de poder econômico. É um absurdo. Eu afirmo: Eleições de 2026, sem a presença de Jair Bolsonaro, é uma negação à democracia.”

Ele continua: “O quadro que está no momento é eu registro a minha candidatura no último momento. O TSE tem poucas semanas para decidir. Eu acredito que até lá, eu esteja movimentando multidões pelo Brasil. A esquerda não vai ter um nome para se apresentar como razoável candidato. Se for o Lula, pior ainda. Não tem liderança formada pela esquerda no Brasil", afirmou. 

O ex-presidente ainda diz que “há bons nomes”, caso ele não esteja elegível até o pleito, mas se recusa a mencionar um deles, e aponta que os candidatos terão que “cavar” espaço. 

“Esses candidatos tem que começar a rodar pelo ]Brasil. Fazer realmente o seu trabalho para ganhar a simpatia e confiança da população. A maioria da população não quer outro nome na direita que não seja Jair Messias Bolsonaro. E ponto final.”

Negou envolvimento em trama golpista
O ex-presidente negou que esteja envolvido no golpe de 8 de janeiro e também qualquer conhecimento obre o plano golpista que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, batizada de "Punhal Verde e Amarelo", segundo a Polícia FEderal. 

Bolsonaro alega que soube do que se tratava o plano “com o vazamento da PF junto com a imprensa brasileira", e negou também que teve  participação na elaboração da chamada "minuta do golpe", documento que previa a decretação de estado de defesa para reverter o resultado das eleições de 2022. 

"Não existe minuta de golpe. Discutir e conversar, não é proibido você discutir qualquer dispositivo constitucional. Dizem que tem outra minuta de golpe, mas como a Polícia Federal me nega informações, nós não temos como responder por aquilo que sequer está comprovado a participação nossa. Nós conversamos sobre dispositivos constitucionais e não podíamos mais recorrer ao TSE, devido a multa que nós levamos", afirma. 

Em seguida, ele completa, questionando como pode “deteriorar um patrimônio se estava fora do Brasil?”. A declaração do ex-presidente contesta a denúncia apresentada contra ele pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. No relatório, o chefe do Ministério Público sustenta que Bolsonaro foi informado e deu aval ao plano. 

A PF identificou a conspiração em novembro do ano passado, durante a Operação Contragolpe. O documento com o detalhamento do plano foi apreendido com o general da reserva Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Presidência no governo Bolsonaro.

Quando a prisão, Bolsonaro afirma não ter medo. “Eu não tenho preocupação nenhuma, zero. [...] Tudo pode acontecer. Eu não acredito em prisão nos próximos dias, até porque não tem motivo para tal”. 

Caiu 'sem querer' em projeto de anista
Quanto ao pojeto de anistia para os condenados pelo 8 de janeiro, o ex-presidente afirma "caiu por coincidência" nele, pois enquanto estava somente inelegível e ainda não havia se tornado réu, ele e o PL entraram em acordo para que a lei não abragesse a sua impossibilidade de se candidatar. Mas "coincidência", se aprovado, ele será um dos beneficiários. 

"O que interessa para mim é colocar na rua, dar liberdade, a esses probres coitados. Dezenas deles apenas estão presos até 17 anos de cadeia, ou se estão foragidos pelo mundo, ou se estão aguardando julgamento pelo Brasil. É de cortar o coração".

 

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