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BRASIL Segunda-feira, 24 de Fevereiro de 2025, 14:05 - A | A

Segunda-feira, 24 de Fevereiro de 2025, 14h:05 - A | A

Ex-presidente denunciado

Bolsonaro vê possível prisão como arbitrária: 'Eleição sem meu nome é negação da democracia'

Ex-presidente afirmou que seu julgamento não deveria ficar com a 1ª turma do STF

Terra

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou a denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República) contra ele e mais 33 pessoas por uma tentativa de golpe de Estado. Em entrevista à CBN Recife, ele analisou uma possível prisão, reclamou do processo ficar com a 1ª turma do STF e aproveitou para provocar Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mesmo sem citar o petista.

"Ninguém gosta dela [da prisão] e essa possível prisão, se ocorrer, será por arbitrariedade. Eu costumo dizer: se eu sou tão criminoso assim, por quê não seguiu o devido processo legal? O meu foro não é Brasília, como o do Lula não foi. Se fosse em Brasília seria pelo plenário do Supremo e não por uma turma do Supremo", declarou o ex-presidente.

"Esperar prisão de jeito nenhum. Alguns dizem até que eu estou pensando em fugir. Eu estive nos Estados Unidos por três meses, poderia ter ficado lá, tive oferta para trabalhar lá, vim para cá para enfrentar isso aqui e buscar realmente o meu espaço político para 2026. Eleição em 2026 sem meu nome é a negação da democracia", completou.

Na entrevista, Bolsonaro aproveitou para comparar o seu julgamento com o de Lula: "O que eu gostaria que acontecesse é que a instância não fosse essa [primeira turma do STF]. A instância é a primeira instância. Onde Lula foi julgado, não foi Curitiba? Está na Constituição o foro de ex-presidente? Não está. Assim como essas pessoas que estão condenadas a 17 anos de cadeia, o foro é primeira instância. Tão forçando a barra. O que é que eles querem? Me tirar de combate.”

O ex-presidente ironizou Lula em alguns momentos e afirmou que o processo é uma tentativa de deixá-lo fora das eleições de 2026. No momento, ele está inelegível por oito anos por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.

"Tentaram de tudo comigo, agora estão com esse papinho de golpe. Geralmente, quem dá golpe está no poder. Sabemos a dificuldade que o Brasil está atravessando por termos um corrupto, um ex-presidiário na presidência. E eles obviamente, com ajuda de outro Poder, querem evitar que a gente dispute as eleições", detalhou.

Após a entrevista, Bolsonaro conversou com os apoiadores e subiu o tom no discurso: "Quem decide quem vai ser o presidente é o povo, não um monocrata. Não é alguém do time do lado de lá. Se ele não teme as eleições e defende a democracia, vem disputar comigo.”

Entena a denúncia da PGR
Bolsonaro foi denunciado pelos crimes de liderança de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da união e deterioração de patrimônio tombado.

Além do ex-presidente, a PGR também denunciou nesta terça-feira, 18, o ex-ministro general Braga Netto e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e outros 31 pelos crimes de:

Golpe de Estado;
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
Organização Criminosa.

O objetivo, segundo o relatório, era estabelecer uma "falsa realidade de fraude eleitoral" para que sua derrota não fosse interpretada como um acaso e servir de "fundamento para os atos que se sucederam após a derrota do então candidato Jair Bolsonaro no pleito de 2022".

A investigação aponta ainda que a o ex-presidente tinha conhecimento de um plano para matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

 

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