O Ministério da Educação anuncia nesta terça-feira um pacote de medidas para professores. O objetivo é aumentar a atratividade da carreira para estimular jovens a cursarem as licenciaturas e também para beneficiar profissionais já formados. A solenidade de lançamento do "Mais professores", como a iniciativa foi batizada, está prevista para 16h, no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Educação, Camilo Santana.
"O programa é focado em promover a valorização e a qualificação do magistério, além de incentivar a docência no país", informou o MEC.
O pacote está em formulação desde o ano passado. O governo chegou a cogitar anunciar as medidas em 15 de outubro, data comemorativa do Dia dos Professores, mas não havia fechado todas decisões.
Veja o que está previsto no pacote:
Um programa para levar profissionais da educação para áreas em que falta essa mão de obra. A ideia é parecida com o Mais Médicos, segundo o próprio ministro, Camilo Santana. O pacote de medidas, inclusive, se chamará Mais Professores por conta desse programa.
Uma seleção nacional unificada para que as redes municipais e estaduais contratem seus profissionais em início de carreira. Atualmente, cada estado ou prefeitura faz seu concurso.
Um Pé-de-Meia (programa de pagamento de bolsas e uma poupança) para estudantes universitários que escolham qualquer licenciatura ou Pedagogia e que tirarem acima de 650 na média do Enem. Os aprovados em 2025 já teriam esse direito. O valor seria de R$ 500 por mês.
Uma plataforma para reunir cursos de formação continuada.
Parcerias com a iniciativa privada para garantir benefícios aos profissionais. Banco do Brasil e a Caixa Econômico, por exemplo, vão dar um cartão específico para professores, com vantagens.
Mudanças já anunciadas
Além do pacote que está em discussão, o MEC já anunciou duas mudanças importantes na formação de professores. Uma delas limitou a educação à distância em cursos de licenciatura e pedagogia para até 50% da carga horária.
Outra mudança foi na avaliação dos formandos. Como adiantado por O GLOBO, o Enade, prova que mede o conhecimento dos alunos que estão terminando o ensino superior, passa a avaliar a partir de 2024 os concluintes das licenciaturas e da Pedagogia anualmente e não mais a cada três anos.
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