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CIDADES Segunda-feira, 26 de Agosto de 2024, 05:33 - A | A

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2º MAIS LETAL

Agosto Branco chama atenção para o câncer de pulmão

Tabagismo está entre os principais fatores de risco para se contrair a doença

Elloise Guedes

O câncer de pulmão é o segundo mais comum e o que mais acomete em homens e mulheres no Brasil. São estimados mais de 30 mil novos casos de câncer de pulmão a cada ano e quase 30 mil mortes. A campanha 'Agosto Branco' faz um alerta para a doença. O tabaco é a principal causa desse câncer, seguido de outros fatores como tabagismo passivo, exposição a determinadas toxinas e histórico familiar. Outro perigo que surgiu nos últimos anos é o cigarro eletrônico, que também pode causar o câncer.

Em agosto, também ocorre o Dia Nacional de Combate ao Fumo, em 29 de agosto. Em quase 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco. O cigarro contém mais de 7 mil substâncias químicas diferentes, das quais mais de 70 são cancerígenas. Além disso, os trabalhadores rurais, da construção civil, da mineração, das indústrias (de metais pesados, borracha, papel, vidro), mecânicos, eletricistas, pintores, soldadores, entre outros, também podem apresentar um risco maior para o desenvolvimento deste câncer.

Apenas 16% dos casos de câncer de pulmão são diagnosticados nas fases iniciais. Os sintomas costumam aparecer já em estágio avançado da doença. Mas, entre os sintomas mais comuns estão: tosse (muitas vezes com sangue), dor no peito, chiado no peito, rouquidão, piora da falta de ar e perda de peso sem causa aparente. O diagnóstico pode ser feito por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos.

CIGARRO ELETRÔNICO

A crescente preocupação com o uso contínuo de cigarros eletrônicos e as suas consequências acendeu o alerta sobre o que acontece quando ele é combinado com o vício em tabaco. Como resultado, pesquisadores americanos encontraram evidências de que a combinação dos dois aumenta o risco de câncer de pulmão em quatro vezes. A pesquisa, publicada na revista científica Journal of Oncology Research and Therapy, também descobriu que o vício combinado era oito vezes mais comum em pessoas com câncer de pulmão em comparação ao grupo de controle de pessoas sem câncer de pulmão.

O cigarro eletrônico, com origem mais recente, chamou atenção como “novidade” principalmente do público mais jovem. De acordo com a última Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, 16,8% dos adolescentes de 13 a 17 anos já utilizaram o vape. Enquanto na faixa etária de 18 a 24 anos, a pesquisa Covitel, do ano passado, mostrou um percentual de 23,9% e a principal motivação, para 20,5% dos entrevistados, foi “experimentar/curiosidade”.

Em abril deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vetou a produção, distribuição, armazenamento e transporte dos cigarros eletrônicos em território nacional. Essa medida foi um endurecimento das normas que proíbem a comercialização destes aparelhos desde 2009.

Em Mato Grosso, um caso chamou a atenção na última semana. Um dentista de apenas 29 anos, identificado como João Victor Ferreira, morreu após cinco dias internado em decorrência de uma pneumonia aguda, em Cuiabá. Uma amiga do dentista, contou que João fazia o uso de cigarro eletrônico com frequência, o que pode ter agravado o quadro de pneumonia.

TRATAMENTO

O tratamento depende da extensão e características moleculares da doença, podendo ser tratado com cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia-alvo. Uma das novidades nos últimos anos é o tratamento com imunoterapia, medicamentos que, em vez de atacar diretamente o câncer, ajudam as defesas do corpo a detectar e combater a doença. “O emprego da imunoterapia associada à quimioterapia no Brasil para câncer de pulmão foi aprovado no ano de 2019 e vem mostrando resultados promissores no controle da doença”, destaca Seidel.

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