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CIDADES Segunda-feira, 02 de Setembro de 2024, 07:49 - A | A

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SETEMBRO AMARELO

Suicídio: Brasil registra mais de 14 mil casos por ano

De acordo com dados da OMS, todos os anos mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama

Elloise Guedes

O suicídio é um importante problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama - ou guerras e homicídios. Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa e morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. No Brasil, os registros se aproximam de mais de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia.

O suicídio trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades. Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde divulgado pelo Ministério da Saúde, houve um aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos, chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos, chegando a 1,33 por 100 mil.

As taxas variam entre países, regiões e entre homens e mulheres. No Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao suicídio. As taxas entre os homens são geralmente mais altas em países de alta renda (16,6% por 100 mil). Para as mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas em países de baixa-média renda (7,1% por 100 mil).

Os dados são alarmantes, e mesmo assim pouco se fala sobre o suicídio. A razão disso pode estar no fato de que esse é um assunto considerado tabu e cheio de estigmas, seja por uma questão cultural, religiosa ou até mesmo por medo e vergonha. Para a advogada e treinadora comportamental Sirlei Theis, o mês de conscientização pode ser uma ajuda para as pessoas que sofrem com depressão, ansiedade e outras doenças relacionadas, por ser um mês voltado a esse assunto.

"Nós precisamos de pessoas e políticos interessados nesse assunto, que vão investir na saúde mental dessas pessoas, que vão levar para elas a liberdade a independência, mostrar pra elas que elas podem empreender que elas tem capacidade e que não precisam ficar refém do sistema. Com isso, nós precisamos mudar isso através de políticas que realmente levem o autoconhecimento para as escolas, para dentro das igrejas", explicou Sirlei.

CRIAÇÃO DA CAMPANHA

A campanha do Setembro Amarelo foi inspirada na história de Mike Emme, que cometeu suicídio, aos 17 anos, em setembro de 1994, nos Estados Unidos. Ele tinha um carro amarelo e, no dia do seu velório, os pais e amigos distribuíram cartões com fitas amarelas e frases motivacionais para pessoas que pudessem estar enfrentando transtornos mentais e emocionais.

As fitas amarelas se tornaram o símbolo da campanha, que foi adotada em 2015 no Brasil pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA – CVV

O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, email, chat e voip 24 horas todos os dias. A ligação para o CVV em parceria com o SUS, por meio do número 188, é gratuita a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular. Também é possível acessar www.cvv.org.br para chat, Skype, e-mail e mais informações sobre ligação gratuita.

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