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INTERNACIONAL Terça-feira, 26 de Dezembro de 2017, 13:23 - A | A

Terça-feira, 26 de Dezembro de 2017, 13h:23 - A | A

PERU

Após receber indulto, Fujimori pede perdão por atos de seu governo

O Globo

 

Dois dias após receber indulto humanitário, o ex-presidente peruano Alberto Fujimori, que governou o país entre 1990 e 2000, pediu perdão pelos atos de seu governo nesta terça-feira. Considerado por seus opositores como um ditador, o ex-chefe de Estado publicou uma mensagem em vídeo no Facebook na qual disse que foi pego de surpresa pela decisão do presidente Pedro Pablo Kuczynski de lhe conceder o perdão.

— Estou consciente de que o resultado durante meu governo, em parte, foram bem recebidos. Mas reconheço, por outro lado, que desapontou outros compatriotas. A eles, peço perdão de todo coração — afirmou Fujimori, deitado no leito hospitalar na unidade de tratamento intensivo em que se encontra desde sábado diante de um quadro de hipotensão e arrtimia.

O indulto concedido a Fujimori, que cumpria pena de 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade e corrupção, tem gerado protestos polarizados pelo Peru, sobretudo de familiares de vítimas do ex-presidente e ativistas pelos direitos humanos. PPK é acusado de firmar um acordo para se safar do impeachment, que evitou esta semana no Congresso sob a acusação de mentir por não revelar serviços de assessoria à empreiteira brasileira Odebrecht: ele concederia a liberdade a Fujimori e, em troca, os fujimoristas no Legislativo votariam contra sua destituição, como aconteceu na última quinta-feira.

APELO À RECONCILIAÇÃO NO PAÍS

Kuczynski concedeu o indulto humanitário na véspera de Natal após uma equipe médica recomendar a libertação de Fujimori, poucos diaas depois de partidários fujimoristas liderados pelo filho Kenji Fujimori salvarem PPK da destituição. Em seu vídeo, Fujimori reiterou a gratidão pela decisão de PPK, que chamou de complexa, e prometeu colaborar com a reconciliação das forças políticas no país:

— Não posso deixar de expressar minha profunda gratidão pelo ato complexo que tomou o presidente, e me comprometo nesta nova etapa que se abre em minha vida a apoiar decididamente o chamado à reconciliação — indicou o ex-chefe de Estado. — Muito obrigado, presidente Pedro Pablo Kuczynski, por este feito magnânimo que me reconfortou. Deste lugar, me junto às esperanças de todos que lutam pela grandeza do país, porque, para os peruanos, o Peru está em primeiro.

Os apoiadores de Fujimori o consideram um líder de mão dura que salvou o país de um colapso financeiro e do terrorismo ao derrotar os guerrilheiros do Sendero Luminoso e o MRTA. No entanto, seus opositores afirmam que foi um ditador que dissolveu o Congresso em 1992 e violou direitos humanos para se manter como presidente durante dez anos.

 

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