Mais de 100 israelenses seguem reféns do Hamas e, nesta quarta-feira (4), o grupo extremista orientou seus militantes a 'endurecer' ainda mais as condições de detenção deles.
Em um comunicado interno, obtido pela agência de notícias Reuters, a liderança do Hamas afirma ter informações de que Israel pretende realizar uma operação de resgate de reféns, semelhante à do campo de Nuseirat em junho, em breve e ameaça "neutralizá-los" caso isso se confirme.
O documento, datado de 22 de novembro, ainda pede a seus agentes para não considerarem quaisquer repercussões de seguir as instruções e diz que o governo israelense é o responsável pelo destino dos reféns.
Na segunda-feira, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse que o grupo terrorista vai "pagar caro" se os reféns israelenses mantidos na Faixa de Gaza não forem libertados antes de sua posse, em 20 de janeiro.
Acredita-se que cerca de metade dos 101 reféns ainda mantidos incomunicáveis em Gaza estejam vivos.
Fazendo os seus comentários mais explícitos sobre o destino dos reféns desde a sua eleição em novembro, Trump disse nas redes sociais:
"Se os reféns não forem libertados antes de 20 de Janeiro de 2025, data em que orgulhosamente assumo o cargo de Presidente dos Estados Unidos, haverá UM SÉRIO PROBLEMA no Oriente Médio, e para os responsáveis que perpetraram estas atrocidades contra a Humanidade. Os responsáveis serão atingidos com mais força do que qualquer outro na longa e célebre história dos Estados Unidos da América".
O Hamas pede o fim da guerra e a retirada total de Israel de Gaza como parte de qualquer acordo para libertar os restantes reféns.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a guerra continuará até que o Hamas seja erradicado e não represente mais ameaça para Israel.
Nesta segunda-feira, o Hamas disse que 33 reféns em Gaza foram mortos durante a guerra de quase 14 meses entre o grupo militante palestino e Israel no enclave, sem revelar as nacionalidades das vítimas.
Israel lançou a sua guerra depois de combatentes liderados pelo Hamas atacarem comunidades israelitas em 7 de Outubro de 2023, matando 1.200 pessoas, de acordo com cálculos israelitas.
A ofensiva militar de Israel matou mais de 44.400 palestinos e deslocou a maior parte da população de Gaza, dizem autoridades de Gaza. Vastas áreas do enclave estão completamente em ruínas.
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