Nesta sexta-feira (06), às 17h30, durante o XXV Encontro Estadual do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, o promotor de Justiça Márcio Florestan Berestinas e seu pai, Irineu Berestinas, lançam o livro “Os vagalumes estão convidados”. Publicado pela Editora Entrelinhas, a obra traz haicais e poemas breves com arte e ilustrações da artista plástica Ruth Albermaz, uma das vencedoras da 12ª edição do Prêmio Pipa de artes visuais.
“O trabalho de ambos, pai e filho, pela ordem, está ‘eivado’ de singularidades. Cada um por si. Somente a última sessão, “raspando o tacho’, é que foi elaborada a duas mãos. Ideias buscadas no varejo do mundo, no passeio existencial. Não trabalham por atacado, preferem lidar com as miudezas de almas em trânsito”, diz um trecho da apresentação da obra.
Estreando no mundo literário, o promotor de Justiça Márcio Florestan Berestinas ressalta que “Os vagalumes estão convidados” é o 12º livro de seu pai. Além de poesias, Irineu Berestinas também possui obra sobre sociologia, economia e política. O acervo inclui obras como “Varal de letras desalinhadas”, “Transgênicos literários”, “Poesias a laço”, entre outras.
“Essa parceria com o meu pai descortinou caminhos para a superação das dificuldades que o fazer poético encerra, ainda mais quando trabalhamos com o poema breve, simplificado. Foi um grande desafio, mas estou extremamente feliz com o resultado”, adiantou o promotor de Justiça.
Na origem - O haicai, na origem, trouxe uma dificuldade inseparável, pois a fórmula dos três versos (o primeiro e o terceiro de cinco sílabas, e o segundo de sete sílabas, no modelo de sílabas que não o nosso), é intrinsecamente embaraçosa, nada fácil de resolver, já que essa receita ordena toda a construção, uma camisa de força irremovível.
Matsuo Bashô, o samurai que a ele se dedicava e mestre desse ofício, fazia tal construção, porém com rigorosa facilidade, ao fotografar singularidades na natureza, mas era um caso de vocação pessoal e cultural.
Tais procedimentos são milenares, integrantes da cultura japonesa, divulgando o que o tempo consagrou, sob os ares dos samurais, do xintoísmo, do zen budismo, da cerimônia do chá e do Teatro Nô.
No Brasil, o Haicai foi transportado como a ideia do poema breve, exemplificado em obras publicadas por Millôr Fernandes e Paulo Leminski. Já em Mato Grosso, a proposta foi acolhida pelo poeta e escritor Ivens Cuiabano Scaff.
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