O presidente da Romênia, Klaus Iohannis, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (10) após denúncias de interferência russa nas últimas eleições do país.
O anúncio foi feito pelo próprio Iohannis em um pronunciamento em Bucareste.
A renúncia ocorre em meio a um momento de caos político no país, que integra a União Europeia, após as eleições realizadas em dezembro terem sido anuladas. A Justiça anulou o pleito após a suspeita de que houve fraude na contagem dos votos.
O principal indício foi o fato de o candidato da extrema direita e pró-Rússia, Calin Georgescu, ter ficado em primeiro lugar na votação, quando, nas pesquisas de intenção de voto, ele aparecia com pouco mais de 1%.
O principal conselho de segurança da Romênia divulgou documentos que indicavam que o país havia sido alvo de "ataques híbridos agressivos russos" durante o período eleitoral. A Rússia negou interferência.
Na mesma sentença, a Justiça determinou que Iohannis ficasse no poder até a nova data das eleições, marcada para maio. Em janeiro, no entanto, três partidos da extrema direita, de oposição ao presidente e que controlam pouco mais de um terço do Parlamento, pediram uma moção de censura para impugnar Iohannis.
Em declaração nesta segunda, o presidente disse ter decidido renunciar para "poupar" os cidadãos de mais uma crise, que seria gerada com sua destituição do cargo caso a moção de censura fosse aprovada.
"Fiz isso para poupar a Romênia dessa crise inútil e negativa... estou renunciando ao cargo de presidente", delcarou Iohannis.
Iohannis, da minoria étnica alemã da Romênia e ex-prefeito da pequena cidade de Sibiu, na Transilvânia, desafiou as expectativas e venceu a eleição presidencial do país em 2014. Ele foi reeleito em 2019, mas vinha enfrentando uma crise de popularidade nos últimos meses.
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