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Espaço de Acolhimento da Mulher completa quatro anos e foi base para Lei Nacional

Este espaço foi o primeiro do Brasil dentro de uma unidade de saúde pública e serviu como base para o Projeto de Lei (PL) nº 2.221/2023, que garantiu esses serviços no Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país

Da Redação

A unidade do Espaço de Acolhimento da Mulher do Hospital Municipal de Cuiabá comemora quatro anos nesta terça-feira (16), sob a coordenação da Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal da Mulher.

Este espaço foi o primeiro do Brasil dentro de uma unidade de saúde pública e serviu como base para o Projeto de Lei (PL) nº 2.221/2023, que garantiu esses serviços no Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país.

“Essa unidade surgiu de um anseio da Maria da Penha, que nos contou sobre a falta desse tipo de espaço em todo o Brasil para acolher as mulheres que chegam violentadas nos hospitais públicos, abaladas psicologicamente e expostas a julgamentos”, contou Márcia Pinheiro, uma das idealizadoras do espaço.

Mais de 1,4 mil mulheres já passaram pelo espaço, recebendo um total de 25 mil atendimentos nos serviços de psicologia, psiquiatria, assistência social e suporte jurídico.

Apoio Psicossocial

Somente o apoio psicossocial registrou 708 atendimentos entre janeiro e junho deste ano. Esse serviço é considerado essencial para a reabilitação das vítimas de violência doméstica, pois ajuda na recuperação da autoestima, autonomia e independência emocional.

Seis profissionais trabalham para entender o contexto social em que a vítima está inserida e, a partir daí, traçar formas eficazes de romper o ciclo da violência doméstica.

“Não é apenas suporte emocional e psicológico. Trata-se da recuperação da autoestima e do controle da vida, além de oferecer um ambiente seguro para compartilhar suas experiências e aprender estratégias para superar o trauma da violência”, destacou Clariane Moraes, coordenadora do espaço.

Formas De Atendimento

Os atendimentos no espaço ocorrem em três situações diferentes:

  1. Atendimento emergencial: destinado às mulheres agredidas que necessitam de atendimento médico especializado. Neste caso, a vítima pode procurar o espaço, que oferece discrição e isolamento para minimizar os impactos psicológicos da agressão.

  2. Atendimento referenciado: ocorre quando os órgãos públicos, como a Defensoria Pública e Centros Especializados de Assistência Social, solicitam o acolhimento da vítima para serviços específicos, como assistência social, atendimento jurídico, médico ou psicológico.

  3. Atendimento voluntário: quando a vítima procura espontaneamente os serviços oferecidos pelo espaço. Este é considerado um dos perfis mais importantes, pois um dos principais objetivos é incentivar a mulher a denunciar o agressor e conhecer seus direitos.

“Nós queremos encorajar essas mulheres a denunciar, mas, para isso, precisamos oferecer suporte. A ideia do espaço é justamente estimular essa coragem nas mulheres e mostrar que há vida após a violência doméstica”, concluiu a secretária Cely Almeida.

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